Amazon elege IA generativa ‘plugada’ à AWS como uma das prioridades, diz CEO

Andy Jassy afirmou em carta a acionistas que a big tech continuará seus esforços de expansão em áreas consideradas mais promissoras, mesmo em meio a cortes

'Sairemos deste momento macroeconômico desafiador em uma posição mais forte do que quando entramos'
Por Matt Day
13 de Abril, 2023 | 02:48 PM

Bloomberg — O CEO da Amazon (AMZN), Andy Jassy, prometeu continuar investindo em grandes apostas de longo prazo, apesar dos cortes de custos e de uma economia incerta, para avançar nos planos de expansão global. Um dos objetivos é transformar a americana de tecnologia em uma competidora maior e mais relevante nos segmentos de alimentos e de saúde.

O campo das prioridades inclui também planos para avançar na corrida de inteligência artificial generativa com tecnologia voltada para clientes em nuvem por meio da AWS (Amazon Web Services).

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“Como fazemos há anos na AWS, estamos democratizando essa tecnologia para que empresas de todos os tamanhos possam aproveitar a IA generativa. A AWS está oferecendo os chips de aprendizado de máquina com melhor desempenho de preço em Trainium e Inferentia, para que pequenas e grandes empresas possam se dar ao luxo de treinar e executar seus LLMs [Large Language Models] na produção”, disse Jassy em sua carta divulgada nesta quinta-feira (13).

“Estou otimista de que sairemos deste momento macroeconômico desafiador em uma posição mais forte do que quando entramos”, disse Jassy em sua segunda carta aos acionistas como CEO. Ele substituiu o fundador da empresa, Jeff Bezos.

A afirmação coincide com um período de demissões contínuas na empresa sediada em Seattle, nos Estados Unidos, enquanto os executivos buscam cortar custos e encerrar projetos menos prioritários ou não lucrativos.

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A Amazon começou a cortar empregos em novembro passado e demitiu milhares de pessoas em janeiro. Jassy disse em março que, após deliberações, mais cortes ocorreriam ainda neste mês, uma vez que os gerentes identificassem quais funções eliminar. Ao todo, a Amazon espera cortar pelo menos 27.000 pessoas.

Jassy disse que, apesar do crescimento mais lento da empresa, a Amazon ainda se beneficia dos ventos favoráveis que impulsionam seus negócios mais importantes, como o varejo online e o braço de computação em nuvem da Amazon Web Services.

Cerca de 80% dos gastos de varejo ainda são feitos em lojas físicas, e 90% dos gastos globais com tecnologia corporativa são dedicados a hardware e data centers locais que a AWS está tentando suplantar com suas próprias ferramentas, de acordo com a Amazon.

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“À medida que essas equações mudam constantemente — como já estamos vendo acontecer —, acreditamos que nossas principais experiências de cliente, inovação implacável e trabalho árduo resultarão em um crescimento significativo nos próximos anos”, disse Jassy.

Em sua carta aos acionistas há um ano, Jassy prometeu reduzir as lesões causadas por acidentes nos armazéns da Amazon. Ele também discutiu o pensamento por trás das grandes apostas da empresa e relatou o rápido crescimento da Amazon durante a pandemia.

Essa expansão desacelerou depois que as pessoas voltaram aos hábitos pré-pandemia de compras e streaming. Desde então, Jassy disse que a desaceleração e as perspectivas econômicas incertas contribuíram para a decisão de fazer cortes recordes de empregos.

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As ações da Amazon caíram cerca de 44% desde que Jassy sucedeu o CEO fundador Jeff Bezos em julho de 2021.

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