Inflação nos EUA desacelera mais que o previsto em março; ações sobem em NY

Índice de preços CPI teve alta de 0,1% em março, abaixo dos 0,4% de fevereiro e da alta de 0,2% esperada por economistas consultados pela Bloomberg

Dados de inflação ajudam a balizar as expectativas de política monetária nos EUA
12 de Abril, 2023 | 09:45 AM

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Bloomberg Línea — O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos desacelerou para 0,1% em março, refletindo uma retração nos preços de energia, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Departamento do Trabalho americano.

O resultado, que recuou em relação à alta de 0,4% de fevereiro, veio abaixo do esperado por economistas consultados pela Bloomberg, que estimavam alta de 0,2% no mês. Os dados devem alimentar apostas em um corte dos juros no segundo semestre.

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Em 12 meses, a inflação americana acumula alta de 5%. Economistas consultados pela Bloomberg estimavam desaceleração de 6% para 5,1% em março.

Após a divulgação, os índices futuros de ações dos EUA ampliaram os ganhos. Por volta das 10h35 (horário de Brasília), o S&P 500 subia 0,50%, enquanto o Nasdaq 100, com grande exposição ao setor de tecnologia, tinha alta de 0,64%.

Apesar da melhora no índice geral, o núcleo da inflação, que desconsidera itens mais voláteis como alimentos e energia, registrou alta de 0,4% na base mensal, ante avanço de 0,5% em fevereiro.

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A medida é uma das principais acompanhadas pelo Federal Reserve em sua decisão de política monetária. Isso porque fornece indicações mais precisas sobre a variação dos preços no país.

O ritmo ainda é considerado forte e poderá, segundo a Bloomberg News, manter as apostas em um aumento da taxa de juros do Federal Reserve no próximo mês.

Economia no radar

Os dados de inflação desta quarta vêm após números ainda fortes do mercado de trabalho (payroll) de sexta-feira (7).

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Embora o payroll tenha apontado uma desaceleração na criação de vagas, para 236 mil em março, os salários subiram 0,3% na base mensal, servindo de alerta sobre as pressões inflacionárias para as autoridades monetárias do Fed.

Os investidores tentam estimar a força da economia americana e o quanto a política monetária restritiva do Fed a tem impactado - em uma jornada para conter a inflação mais elevada em quatro décadas.

Embora a desaceleração em março seja um sinal de que o aperto monetário agressivo do Fed pode ter domado um pouco as pressões sobre os preços, a inflação ainda está longe da meta de 2% do banco central.

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-- Com informações da Bloomberg News

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Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.