Bloomberg — Investidores otimistas em ações correm o risco de serem pegos por um aumento na volatilidade durante o restante de 2023, à medida que as preocupações com uma recessão se intensificam, dizem estrategistas do Goldman Sachs (GS).
Depois que o crescimento resiliente e o arrefecimento da inflação ajudaram a conter as oscilações nos preços das ações até agora este ano, o recente estresse do mercado e a volatilidade dos ativos, juntamente a dados econômicos mais fracos, aumentaram o potencial para movimentos maiores no segundo trimestre.
Em nota, estrategistas liderados por Christian Mueller-Glissmann disseram que há uma chance de 54% de alta volatilidade para o S&P 500, contra uma chance de 39% de que os movimentos sejam mais brandos. O percentual representa uma combinação de fatores macroeconômicos, indicadores de mercado e incertezas.
Mueller-Glissmann disse em fevereiro que preferia ativos fora dos Estados Unidos a ações americanas, prevendo corretamente um período de baixo desempenho para o S&P 500.
Embora a volatilidade do mercado de títulos tenha disparado este ano com os investidores avaliando o impacto de uma contração econômica, as ações permaneceram relativamente calmas em meio a apostas de que a desaceleração do crescimento poderia levar o Federal Reserve a cortar as taxas de juros.
Mas para o restante de 2023, “com a expectativa de queda do crescimento e da inflação, a volatilidade dos ativos provavelmente será impulsionada mais pelo crescimento do que pela inflação”, disse Mueller-Glissmann.
Em tal ambiente, os estrategistas preferem derivativos de ações, como “put spreads” (estratégias com opções de venda, conhecidas como “trava de baixa”) de prazos mais curtos, além de contratos do S&P 500 de prazos mais longos.
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