Tesla fixa novo limite para uso de ações como garantia de crédito por Musk

Fundador e CEO da montadora terá limite de US$ 3,5 bilhões ou 25% do valor das ações; executivos também deverão respeitar certos limites

Elon Musk: uso de ações da Tesla para seus negócios particulares tem sido preocupação de investidores (Qilai Shen/Bloomberg)
Por Brian Chappatta
07 de Abril, 2023 | 02:28 PM

Bloomberg — O conselho de administração da Tesla (TSLA) alterou sua política de aluguel de ações, limitando o valor total do empréstimo que Elon Musk pode garantir com sua participação em US$ 3,5 bilhões, ou 25% do valor das ações.

Em um registro na quinta-feira (6), a montadora de carros elétricos descreveu uma política que altera normas anteriores e limita atos relacionados de Musk, seu fundador e CEO.

A decisão acontece em um momento de crescente preocupação de investidores com a volatilidade das ações da montadora, em razão de fatores como o uso das mesmas por Musk para fazer negócios particulares, como a aquisição do Twitter por US$ 44 bilhões no ano passado.

O valor máximo do empréstimo garantido por ações prometidas não pode exceder “com relação ao nosso CEO, ou o valor de US$ 3,5 bilhões ou 25% do valor total das ações prometidas, o que for menor”, disse o documento. Na declaração anterior, esse valor em dólares não havia sido incluído.

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A nova política também reduz o máximo que diretores e executivos - exceto Musk - podem tomar de empréstimos contra ações prometidas para 15% de seu valor, ante 25% anteriormente.

“Para mitigar o risco de vendas forçadas de ações prometidas, o Conselho tem uma política que limita a promessa de ações da Tesla por nossos diretores e executivos”, disse a empresa no documento.

Musk detém cerca de 411 milhões de ações da Tesla, dos quais 238,4 milhões prometidas como garantias de empréstimos pessoais, de acordo com o documento de quinta-feira.

Ao preço de fechamento da Tesla de US$ 185,06 na quinta, essas ações prometidas valem cerca de US$ 44 bilhões, o que sob a política anterior poderia, em teoria, garantir até US$ 11 bilhões em dívidas.

A declaração da Tesla observa que a contagem de ações prometidas “não indica até que ponto pode haver empréstimos reais contra essas ações a partir dessa data, que podem ser substancialmente menores que o valor das ações prometidas”.

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