Bloomberg — O minério de ferro ampliou as perdas em meio à contínua campanha da China para frear os preços.
A matéria-prima siderúrgica acumula baixa de quase 6% esta semana e se aproximou da menor cotação em quatro meses nesta quarta-feira (5), mas reduziu a queda apesar das novas pressões regulatórias, que azedam o humor do mercado.
Na terça-feira (4), a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC, na sigla em inglês) da China ordenou que empresas de futuros analisem o mercado de minério de ferro de maneira objetiva para evitar exagerar o ambiente de valorização dos preços.
O anúncio vem na esteira da promessa da China, no mês passado, de implementar cortes na produção de aço pelo terceiro ano seguido. Em janeiro, o governo chinês convocou traders para explicar a disparada das cotações do minério.
A maior pressão regulatória surge quando o mercado conta com uma expansão no consumo de aço, liderada pelo período de pico da atividade de construção do país, que começa em abril e termina em junho.
“O NDRC manterá seus olhos não apenas no mercado físico, mas também no mercado de derivativos”, disse Chen Wenguang, diretor de pesquisa do Lange Steel Information Research Center, com sede em Pequim.
No curto prazo, isso pode derrubar ainda mais os preços do contrato em dezembro, mas com alcance limitado, já que os estoques permanecem baixos, acrescentou.
Na terça-feira, em meio à queda da commodity, as ações da Vale (VALE3) recuaram 2,8% na B3. A companhia, assim como outras mineradoras e siderúrgicas, vem sendo impactada pelas baixas recentes do minério de ferro.
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