Ouro supera os US$ 2.000 e tem alta recorde à vista

Metal precioso fechou ontem (4) no maior patamar desde março de 2022, depois que dados mostraram queda nas vagas de empregos dos EUA

Ouro
Por Eddie Spence, Jason Scott e Sybilla Gross
05 de Abril, 2023 | 12:00 PM

Bloomberg — O ouro ampliou seus ganhos para uma alta de 13 meses depois que dados de emprego dos Estados Unidos mostraram que o mercado de trabalho se afrouxou mais do que o esperado, diminuindo as apostas de que o Federal Reserve (Fed) aumentará as taxas de juros novamente.

Um relatório divulgado nesta quarta-feira (5) pelo Instituto de Pesquisa ADP mostrou que os EUA criaram 145.000 empregos em março, abaixo da previsão mediana dos economistas. O dado vem antes do relatório de emprego (payroll) na sexta-feira (7), que pode levar o ouro a um preço recorde se também vier abaixo do esperado.

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O metal precioso fechou na terça-feira (4) acima do limite de US$ 2.000 a onça pela primeira vez desde março de 2022, depois que dados (JOLTs) mostraram que as vagas nos empregadores dos EUA caíram em fevereiro para o nível mais baixo desde maio de 2021.

É um sinal de boas-vindas para o Fed, que tenta esfriar o mercado de trabalho para conter a inflação.

Ouro supera barreira de US$ 2.000 após dados mais suaves de JOLTs

O metal está se aproximando de seu recorde de US$ 2.075,47, alcançado em agosto de 2020, após uma alta acentuada no mês passado, impulsionada pela turbulência nos setores bancários dos Estados Unidos e da Suíça.

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Os ganhos mais recentes do lingote ocorreram quando os indicadores econômicos mais fracos reduziram as expectativas de mais aperto do Fed, o que tende a pesar sobre o ativo.

Os funcionários do banco central americano seguem se opondo à perspectiva de cortes de juros ainda este ano, insistindo que mais apertos são necessários para domar a inflação. Em um discurso na terça (4), a presidente do Federal Reserve Bank de Cleveland, Loretta Mester, defendeu o aumento das taxas novamente em 2023 e sua manutenção em patamares elevados por algum tempo.

“O clima no mercado de ouro melhorou desde a turbulência bancária nos EUA algumas semanas atrás”, disse Carsten Menke, analista do Julius Baer Group Ltd. “Ainda acreditamos que uma recessão nos EUA será evitada e que uma reversão rápida do dinheiro dos EUA é improvável que se materialize.”

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O ouro à vista subia 0,5%, para US$ 2.030,34 a onça, após fechar em alta de 1,8% na sessão anterior. Já a prata caiu após subir 4,3% na terça, enquanto a platina se manteve estável e o paládio apresentava ganhos.

-- Com a colaboração de Yvonne Yue Li

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