Bloomberg — A Walt Disney (DIS) pressionou por mudanças que limitam os poderes da autoridade municipal que governa seus parques temáticos na Flórida antes de uma controversa tentativa de alterações por representantes do governador do estado, Ron DeSantis, do Partido Republicano.
As mudanças foram discretamente aprovadas no mês passado pelo conselho do Reedy Creek Improvement District, a entidade que fornece proteção contra incêndio, eletricidade e outros serviços na área do resort.
As mudanças de última hora restringem os poderes dos novos membros do conselho por décadas, incluindo a capacidade de revisar as expansões dos parques temáticos e a publicidade em outdoors.
Embora a manobra seja uma vitória para a maior operadora de parques temáticos do mundo, ela amplia o embate entre a Disney e os republicanos do estado da Flórida, que ameaçaram entrar com um processo para reverter as mudanças.
“A Disney mais uma vez exagerou na Flórida”, postou Bridget Ziegler, um dos novos membros do conselho, no Twitter, acusando a Disney de arrogância. “Não vamos tolerar isso e não vamos recuar.”
A arrogância da @disney continua… desde ignorar os pais e permitir que radicais sexualizem nossos filhos, até agora ignorar os contribuintes da Flórida ao se esgueirar em um acordo de desenvolvimento de última hora, a Disney mais uma vez exagerou na Flórida.”
O Orlando Sentinel noticiou pela primeira vez o novo acordo, citando advogados da entidade municipal, que foi renomeada como Central Florida Tourism Oversight District.
A “declaração de cláusulas restritivas”, aprovada pelo antigo conselho, é válida perpetuamente ou, se for considerada ilegal, até “21 anos após a morte do último sobrevivente dos descendentes do rei Carlos III, Rei da Inglaterra”.
É a mais recente reviravolta no embate entre DeSantis e a corporação que começou quando a Disney criticou uma lei que ele assinou limitando o conteúdo do ensino fundamental sobre identidade de gênero. A Disney controla o distrito de Reedy Creek desde sua fundação, há quase 60 anos.
Veja mais em Bloomberg.com
Leia também
Demissões nas big techs comprometem metas de diversidade e inclusão
A batalha da BlackRock nos EUA para sustentar que a agenda ESG não tem partido
