Bloomberg — O cofundador da exchange FTX, Sam Bankman-Fried, está sendo acusado de subornar autoridades chinesas em uma nova acusação.
O caso foi apresentado na segunda-feira (27) por um grande júri federal em Manhattan, nos Estados Unidos.
Bankman-Fried foi acusado de autorizar a transferência de US$ 40 milhões em criptomoeda destinada ao benefício de um ou mais funcionários do governo chinês, a fim de levá-los a descongelar contas na casa de análise Alameda Research, com mais de US$ 1 bilhão em criptoativos.
Os promotores alegam que Bankman-Fried e outros tentaram recuperar o acesso aos ativos mantidos nas contas da Alameda em 2021 para financiar atividades comerciais adicionais.
Um porta-voz de Bankman-Fried não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
13 acusações
Com a acusação de conspiração para violar a Lei de Práticas de Corrupção no Exterior, Bankman-Fried agora enfrenta 13 acusações criminais.
Ele já se declarou inocente de várias acusações de fraude por supostamente canalizar bilhões de dólares da agora falida FTX para a Alameda e para despesas pessoais.
Três de seus associados próximos, Gary Wang, Caroline Ellison e Nishad Singh, já se declararam culpados de fraude e estão cooperando com o governo.
Bankman-Fried está atualmente em liberdade sob fiança de US$ 250 milhões e deve ser julgado em outubro. Ele foi preso em dezembro nas Bahamas, onde estava baseado seu império de criptomoedas, e extraditado de volta para os Estados Unidos.
Em fevereiro, uma acusação reforçou as relacionadas ao financiamento de campanha contra Bankman-Fried, que já foi um grande doador de candidatos políticos democratas. O promotor alegou que o ex-bilionário conspirou para influenciar a regulamentação cripto dos EUA por meio de doações dele e de outros na FTX.
De acordo com a acusação mais recente, as autoridades policiais chinesas em 2021 congelaram as contas comerciais da Alameda em duas das maiores exchanges de criptomoedas do país como parte de uma investigação sobre uma contraparte.
Bankman-Fried e “outros operando sob sua direção” tentaram descongelar as contas, inclusive recrutando advogados para fazer lobby na China para que os ativos fossem liberados e tentando transferir a criptomoeda para contas fraudulentas configuradas em uma exchange chinesa.
Após meses de tentativas fracassadas, alegam os promotores, Bankman-Fried teria direcionado um pagamento de suborno na forma de criptomoedas para ser transferido da principal conta comercial da Alameda para uma carteira privada. As contas foram posteriormente descongeladas e Bankman-Fried teria autorizado a transferência do suborno restante.
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