Bloomberg — A Nike (NKE) superou as expectativas dos analistas com um aumento de 14% na receita global para US$ 12,4 bilhões no trimestre encerrado em 28 de fevereiro. A marca de roupas esportivas fez progressos significativos na redução do excesso de estoque, que subiram 16% no período, depois de um salto de 43% no trimestre anterior.
No entanto, a margem bruta da Nike foi de 43,3%, um pouco abaixo dos 43,7% estimados para o período. A empresa atribuiu a margem mais baixa às remarcações para liquidar os estoques e aumento dos custos de materiais e frete.
A empresa está projetando um declínio de 2,5 pontos percentuais na margem bruta para o ano fiscal atual, ante estimativas anteriores de 2 a 2,5 pontos percentuais de recuo. A capacidade da empresa de administrar seus estoques de forma eficaz continuará a ser crucial para manter a rentabilidade no futuro.
O diretor-financeiro Matt Friend disse em uma teleconferência que a empresa espera que as pressões sobre a lucratividade diminuam no próximo ano fiscal, que começa por volta de junho.
A empresa também está “monitorando de perto a crescente pressão na confiança do consumidor”, disse Friend. A Nike prevê aumento de um dígito na receita deste ano fiscal, acima de sua projeção anterior.
As ações acumulavam alta de 7% este ano até o fechamento de ontem. Os pares europeus Adidas e Puma estavam negociando em baixa.
As vendas aumentaram em todas as regiões, mas registraram 8% de queda na China no trimestre. Embora a fraqueza no mercado chinês tenha persistido no período de resultados, a Nike tem espaço para crescer no país após o fim das restrições da pandemia.
Veja mais em Bloomberg.com
Leia também:
Adidas estuda vender o estoque de produtos Yeezy, de Kanye West, e doar o lucro
Crise do varejo: Amaro faz demissões após anunciar renegociação de dívidas