Bloomberg — O governo da Suíça vai conceder ao UBS (UBS) uma garantia de 9 bilhões de francos suíços (US$ 9,7 bilhões) para cobrir possíveis perdas relacionadas ou que apareçam após a aquisição do Credit Suisse (CS) pelo rival UBS.
A garantia aplica-se a uma parte específica do negócio do banco e será acionada caso ocorram perdas na carteira, segundo comunicado do governo enviado à imprensa neste domingo (19). Não foi detalhado que parte do negócio seria essa.
O UBS absorveria os primeiros 5 bilhões de francos de perdas, e o governo, os 9 bilhões seguintes; e o UBS, perdas adicionais acima desses valores, segundo o comunicado.
Depois de três dias de negociações, o UBS acertou hoje a compra do concorrente por mais de US$ 2 bilhões, em um negócio que une os dois maiores bancos da Suíça e dois dos maiores bancos do mundo.
O valor acertado é pelo menos o dobro da oferta inicial do UBS, de US$ 1 bilhão, que foi considerado baixo pelo Credit Suisse. O banco fundado em 1856 tinha valor de mercado de cerca de US$ 8 bilhões na sexta (17), uma pequena fração do pico de mais de US$ 100 bilhões em 2007.
Ainda assim, apesar das perdas em anos recentes, o Credit Suisse é um dos maiores bancos do mundo, com cerca de US$ 575 bilhões em ativos ao fim de 2022 e US$ 1,3 trilhão em ativos sob gestão.
O negócio, arquitetado a pedido e com ajuda do governo, do banco central e de autoridades regulatórias do país europeu, tenta colocar fim à crise pela qual passa o Credit Suisse, após anos de prejuízos bilionários, escândalos e, mais recentemente, perda de confiança de investidores.
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