Bloomberg — Integrantes da equipe econômica avaliam que uma eventual mudança no sistema de metas de inflação para ampliar o prazo no qual o Banco Central tem que atingir esse objetivo é natural e não deveria ser vista como um tabu.
A ideia de trocar o prazo - hoje anual, para um período constante - deixaria o país alinhado ao resto do mundo, afirmam. Também tiraria a pressão por adotar uma política monetária excessivamente dura que acabe tendo custos para o crescimento econômico. A discussão ainda não tem previsão de ser levada ao Conselho Monetário Nacional (CMN), dizem, mas precisa acontecer.
Empoderado
A influência do ministro da Casa Civil, Rui Costa, sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem chamado a atenção de outros colegas de Esplanada. Lula fez questão de empoderar seu ministro em reunião de gabinete na última terça-feira (14), ao dizer aos demais que não anunciem nada sem passar pela Casa Civil.
“Para qualquer genialidade que alguém possa ter é importante que, antes de anunciar, faça uma reunião com a Casa Civil, para que a Casa Civil discuta com a Presidência da República e a gente possa chamar o autor da genialidade e anunciar publicamente”, disse Lula à sua equipe.
É tanto prestígio que há quem diga que não aguenta mais ouvir: “Na Bahia se faz assim”.
TCU
Se o ex-ministro da Economia Paulo Guedes optava por consultar o Tribunal de Contas da União (TCU) para praticamente todas as medidas econômicas que queria adotar, Fernando Haddad vai na linha contrária. O Ministério da Fazenda não chegou a procurar a corte de contas para discutir mudanças que serão feitas em regras fiscais basilares como a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Integrantes do TCU afirmam que a independência de Haddad é positiva. O atual ministro não tenta responsabilizar ou mesmo tornar a corte parte de seu processo decisório. Assim, o processo chega para o TCU sem “contaminação”.
Climão
Os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, foram convidados para integrar a comitiva de Lula na viagem presidencial à China. Como o clima entre Lira e Pacheco não anda dos melhores, será uma verdadeira prova de resistência ficar com os dois em um avião por mais de 20 horas, brinca um parlamentar da base.
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