Os CEOs mais bem pagos do Ibovespa; remuneração chega a R$ 59 milhões

Santander, Vale, Itaú Unibanco e Bradesco estão no topo do ranking das companhias com as maiores gratificações aos seus diretores presidentes; veja lista

Filial do banco espanhol no Brasil tinha o diretor presidente com a maior compensação total em 2021
17 de Março, 2023 | 04:40 AM

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Bloomberg Línea — Os setores financeiro e de commodities da bolsa de valores brasileira estão entre os que oferecem a maior remuneração aos seus CEOs, chegando a um montante de quase R$ 60 milhões por ano.

O topo do ranking é ocupado pelo Santander Brasil (SANB11), no qual o diretor executivo teve em 2021 o maior “total compensation” dentre os demais CEOs das 88 empresas que compõem o Ibovespa (IBOV). O montante inclui remuneração fixa e variável, como bônus e participação em ações - que, em geral, compõem a maior parte do valor.

Na época, o então CEO do banco, Sergio Rial – que ganhou os holofotes este ano em meio à crise da Americanas (AMER3), anunciando sua saída nove dias após assumir o cargo de diretor executivo da companhia –, recebeu teve uma remuneração total de R$ 59 milhões em 2021, alta de 25,7% ante os cerca de R$ 47 milhões de 2020.

A diretoria do Santander como um todo, por sua vez, teve uma remuneração de R$ 369,5 milhões em 2021. O maior percentual da remuneração vem da fatia variável e daquela baseada em ações, que juntas somam 59% do montante final. Já a remuneração fixa corresponde a 22,35% do valor, segundo os dados divulgados pelo banco.

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O levantamento foi feito pela empresa de informações financeiras Comdinheiro a pedido da Bloomberg Línea e se baseia nos últimos formulários divulgados pelas companhias à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) referentes ao ano fechado de 2021. Os dados de 2022 ainda não foram divulgados. A lista considera apenas as companhias que fazem parte do Ibovespa.

A Vale (VALE3) aparece em segundo lugar entre as maiores pagadoras, com uma remuneração total do CEO Eduardo Bartolomeo estimada em R$ 55 milhões em 2021, aumento de 75% ante os R$ 35,5 milhões no ano anterior.

Os membros da diretoria, que eram oito em 2021, receberam um total de R$ 184,2 milhões, segundo as informações publicadas pela empresa.

O ranking de CEOs mais bem pagos é ocupado também por outros grandes bancos, caso de Itaú Unibanco (ITUB4), com remuneração de R$ 52,67 milhões em 2021 para Milton Maluhy Filho, e Bradesco (BBDC4), cujo CEO Octavio de Lazari Júnior recebeu montante total de R$ 29,3 milhões.

Em ambos os casos houve aumento no “total compensation” quando em comparação a 2020: de 52,5% e 23,4%, respectivamente.

O levantamento mostra ainda que seis empresas do Ibovespa mais que dobraram a remuneração total de seus diretores executivos ante 2020. Foi o caso de Eneva (ENEV3), Rumo (RAIL3) e Embraer (EMBR3), com altas de 195,3%, 149,8% e 146,8%.

Já entre as maiores quedas na base anual estão Engie (ENGI11), CCR (CCRO3), Magazine Luiza (MGLU3) e B3 (B3SA3). Nelas, as remunerações totais dos CEOs caíram até 88,4%, caso de Engie.

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Como os dados consideram o ano de 2021, algumas empresas fizeram trocas na sua liderança desde então. É o caso de Pedro Zinner, que deixou a Eneva e se tornou CEO da Stone (STNE), Roberto Simões, que deixou a presidência da Braskem (BRKM5) e Rodrigo Galindo, da Cogna (COGN3), que hoje é presidente do conselho da empresa, além de Sergio Rial.

Confira a seguir os CEOs com as maiores maiores remunerações entre as empresas do Ibovespa:

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Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.