Bloomberg — O minério de ferro interrompeu cinco dias de alta nesta quinta-feira (16), com temores de que restrições à produção de aço impostas pela China reduzirão a demanda em meio a um acúmulo de estoques para a alta temporada de construção.
A matéria-prima siderúrgica afundou até 3,2% nesta quinta em Singapura, para US$ 127,95 a tonelada, depois de fechar em uma máxima de nove meses na quarta.
A China vai novamente cortar a meta de produção anual de aço bruto em 2023, de acordo com uma pessoa familiarizada com a decisão. Será o terceiro ano consecutivo em que o governo determina a redução da produção para conter as emissões de carbono do setor altamente poluente.
A decisão de Pequim de reduzir a produção de aço segue medidas para inibir o acúmulo de minério de ferro nas instalações de armazenagem dos portos e conter a alta de preços. O governo está determinado a apertar seu controle regulatório sobre as commodities que alimentam a inflação.
A China entra em um de seus períodos mais movimentados para construção, o que geralmente dá um impulso às usinas siderúrgicas. Mas os estoques subiram no início de março, indicando demanda lenta, mesmo com a aproximação do aumento sazonal da atividade após o inverno no hemisfério norte.
“Os preços do minério de ferro estão sob pressão agora, mas com a aproximação da alta temporada da produção de aço, os fundamentos do mercado continuam sustentando os preços”, disse a Baocheng Futures. Isso limitará as quedas de preços, afirmou.
O preço do minério de ferro ainda acumula alta de cerca de 65% desde o início de novembro.
Os futuros de minério em Dalian caíram 1,7% nesta quinta-feira, enquanto o vergalhão de aço e a bobina a quente também foram negociados em queda em Xangai.
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