Depois do SoftBank, Claure, Passoni e Nyatta planejam se juntar em novo fundo

Três executivos devem trabalhar na Bicycle Capital após o fim do acordo de ‘non compete’ com o grupo japonês de investimentos, segundo fontes disseram à Bloomberg Línea

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Bloomberg Línea — Os três principais ex-executivos do SoftBank para a América Latina, o ex-COO do conglomerado japonês Marcelo Claure e os ex-managing partners do fundo para a região, Paulo Passoni e Shu Nyatta, devem se juntar em uma nova empresa de investimento de venture capital, a Bicycle Capital, segundo pessoas familiarizadas com o assunto ouvidas pela Bloomberg Línea em condição de anonimato porque as discussões são privadas.

Procurados pela Bloomberg Línea, a Bicycle Capital e Paulo Passoni não quiseram comentar. O Claure Group, family office de Marcelo Claure, não respondeu aos contatos até a publicação.

Claure, Passoni e Nyatta são alguns dos executivos mais experientes no setor de investimento de risco na região e tiveram atuação direta em algumas das maiores operações de venture capital na América Latina nos últimos anos.

Nyatta e Passoni deixaram o SoftBank no começo de 2022, na esteira da saída de Marcelo Claure. Eles foram substituídos por Alex Szapiro e Juan Franck, as novas lideranças do SoftBank para a América Latina, que agora estão sob o guarda-chuva de Alex Clavel.

A Bicycle Capital, com sede em Miami, foi criada em abril de 2022 por Shu Nyatta.

Passoni ainda está em período de não competição com o SoftBank até maio, desde que deixou o conglomerado há cerca de um ano. O bilionário boliviano Marcelo Claure também tem o acordo de non-compete com o SoftBank, ainda que já tenha feito investimentos na região por meio de seu family office, o Claure Group, como na fintech Credix.

Os três devem se reunir no Bicycle após os acordos de não competição expirarem.

Claure e Passoni se reuniram com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, nesta quarta-feira (15) em Brasília. O encontro aconteceu no momento em que a quebra do Silicon Valley Bank (SVB) gerou preocupações sobre a liquidez das startups e elevou o temor sobre eventual contágio no setor bancário. Segundo o BC, a reunião aconteceu “para tratar de assuntos institucionais”.

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