Bloomberg — O CEO do Credit Suisse Group AG, Ulrich Koerner, pediu a seus funcionários que se concentrem em fatos enquanto se compromete a avançar rapidamente com um plano para otimizar as operações.
Em um memorando aos funcionários, disse que o banco continuaria focado na transformação do Credit Suisse a partir de uma posição de solidez, citando uma melhora na taxa de cobertura de liquidez e recentes captações de recursos. Não foi possível localizar imediatamente um porta-voz do credor para comentar o tema.
“Uma comunicação eficaz é fundamental para garantir que nossos clientes e partes interessadas externas entendam as forças do banco, nossa estratégia e o progresso acelerado que estamos fazendo para criar o novo Credit Suisse”, disse ele.
O memorando veio depois que o banco informou ter chegado a um acordo com o Banco Central suíço para contratar uma linha de crédito de até 50 bilhões de francos suíços (US$ 54 bilhões). O banco também anunciou que fará uma oferta pública para recomprar até 3 bilhões de francos em dívidas denominadas em dólares e em euros.
As medidas adicionais para fortalecer as finanças vieram depois que as ações do Credit Suisse despencaram até 31% na quarta-feira nos negócios em Zurique, e seus títulos caíram para níveis que sinalizam profunda dificuldade financeira.
Esta manhã, às 8h53 de Paris, as ações do Credit Suisse Group AG chegaram a subir 40% em resposta à intervenção do banco central da Suíça para apoiar o credor. A recuperação se espalhava pelas ações de bancos em toda a Europa, com os investidores aliviando a preocupação de uma iminente crise bancária global.
O índice Euro Stoxx Banks subia 2,1%, depois de amargar uma queda de 8,4% na quarta-feira, a maior queda desde março de 2020. O Stoxx 600 Banks Index mais amplo ganhava 1,9% no mesmo horário.
