Carteira de US$ 74 bi do SVB atrai fundos de private equity, do Apollo ao Carlyle

Blackstone e KKR também estão entre os interessados nos ativos de crédito, que não guardam relação com a corrida bancária que levou à quebra do banco, segundo fontes

Leon Black, CEO do Apollo Global Management: um dos gigantes de private equity interessados em ativos de crédito do SVB (Demetrius Freeman/Bloomberg)
Por Lisa Lee - Jan-Henrik Förster
14 de Março, 2023 | 05:20 PM

Bloomberg — Algumas das maiores empresas de private equity do mundo estão interessadas em abocanhar uma carteira de empréstimos mantida pelo Silicon Valley Bank, o SVB, à medida que investidores começam a avaliar os ativos do banco californiano que quebrou na semana passada.

Apollo Global Management, Ares Management, Blackstone, Carlyle Group e KKR estão entre os que desejam comprar partes do Silicon Valley Bank, de acordo com pessoas a par do assunto, que pediram para não serem identificadas devido a informações confidenciais.

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As empresas estão conduzindo o due dilligence nos ativos de crédito antes de qualquer oferta em potencial, disseram eles.

O banco tinha US$ 73,6 bilhões em empréstimos em 31 de dezembro de 2022.

O tamanho da carteira de crédito em que as empresas de private equity estão interessadas não pôde ser determinado imediatamente. A Blackstone também está analisando outros ativos que pode comprar do banco, disse uma das pessoas.

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Representantes de Apollo, Ares, Blackstone, Carlyle e KKR se recusaram a comentar.

O Federal Deposit Insurance Corp. (FDIC) assumiu o controle do SVB na sexta (10), depois que sua base de clientes de longa data de startups de tecnologia começou a resgatar depósitos em massa.

No final do ano passado, o banco tinha mais de US$ 175 bilhões em depósitos não garantidos e US$ 209 bilhões em ativos totais. Muitos desses ativos eram títulos de longo prazo que o banco teve que vender com prejuízo devido ao aumento das taxas de juros e à necessidade de recompor a base de capital.

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Outros ativos incluem empréstimos para startups em estágio inicial e em crescimento, bem como crédito para empreendedores ricos e fundos de capital de risco.

A carteira de empréstimos é vista como uma ativo atraente e não foi um fator que contribuiu para a corrida aos bancos que causou o fechamento do Silicon Valley Bank, disseram as pessoas. Um representante do SVB não retornou imediatamente um pedido de comentário.

“Ela [a holding do grupo] tem um histórico de longa data no setor com base em expertise, underwriting conservador e desempenho de ativos de qualidade melhor do que o de seus pares”, disse a agência de classificação Moody’s Investors Service na semana passada, ao rebaixar a dívida do SVB Financial Group, a empresa na qual o banco estava inserido.

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O FDIC realizou um leilão pelo banco no fim de semana, mas nenhum comprador apareceu. Em vez disso, a agência reguladora criou um banco-ponte para abrigar os depósitos do SVB e prometeu cobrir todos os recursos mantidos pelos seus clientes. O FDIC se recusou a comentar.

O SVB Financial também está explorando a possibilidade de vender outras unidades, incluindo a SVB Capital e a SVB Securities.

- Com a colaboração de Allison McNeely.

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