Brasília em off: novo arcabouço fiscal não tem participação de Simone Tebet

Proposta prevê que governo adote medidas de ajustes como veto a subsídios quando não atingir a trajetória esperada para a dívida pública, segundo fontes

O papel do Planejamento, como já disse a própria ministra, Simone Tebet, tem sido o de entregar dados sobre gastos públicos à turma do ministro da Fazenda, Fernando Haddad
Por Martha Beck
12 de Março, 2023 | 11:55 AM

Bloomberg — O Ministério do Planejamento está sendo informado sobre as linhas gerais da proposta de novo arcabouço fiscal construída no Ministério da Fazenda. A pasta, no entanto, está longe — ao menos por enquanto — de ter uma voz ativa na discussão.

O papel do Planejamento, como já disse a própria ministra, Simone Tebet, tem sido o de entregar dados sobre gastos públicos à turma do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

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As quatro cabeças que discutem o arcabouço são Haddad, o secretário-executivo Gabriel Galípolo, o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, e o secretário do Tesouro, Rogério Ceron.

Arcabouço fiscal

A proposta prevê que quando o governo não conseguir atingir a trajetória esperada para a dívida pública, a equipe econômica apresente medidas de ajuste, como a impossibilidade de conceder subsídios e reajustar salários dos servidores públicos.

Pouca gente dentro da economia, no entanto, acredita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva topará medidas de arrocho salarial.

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Bolsonaro

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro toma posse como presidente do PL Mulher no dia 21 de março. Ela vem se preparando há semanas para a função e havia gravado, ainda no Carnaval, um vídeo mencionando projetos pró-mulher aprovados no governo Jair Bolsonaro. Depois do escândalo que envolve joias avaliadas em mais de R$ 16 milhões enviadas pela Arábia Saudita ao ex-presidente, no entanto, as menções a ele foram cortadas do material.

O PL, partido de Bolsonaro, está conduzindo uma pesquisa interna para avaliar a perda de capital político acumulada pelo ex-presidente desde a derrota na eleição. Mas deputados federais têm levado ao presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, relatos de insatisfação.

Tour

Michelle vai começar a fazer um tour pelo país em abril. A ideia é para aumentar o número de prefeitos do PL na próxima eleição e depois manter inflada a bancada na Câmara em 2026. Em 2020, o partido elegeu 352 prefeitos — hoje tem 328 e quer fazer, no mínimo, 1.000 no ano que vem.

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