Bloomberg — A equipe econômica trabalha para apresentar a nova regra fiscal antes da próxima decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), colocando mais pressão sobre o Banco Central para cortar os juros, segundo disseram duas pessoas com conhecimento do assunto.
Embora os economistas não esperem uma redução da taxa Selic na próxima reunião do BC em 22 de março, quanto mais cedo o governo de Luiz Inácio Lula da Silva for capaz de aliviar as preocupações dos investidores com os gastos públicos, mais fácil será para a autoridade monetária começar a cortar a taxa, disseram as pessoas, pedindo anonimato por discutirem a estratégia do governo.
O novo arcabouço deve se basear em uma meta de gastos definida na lei de diretrizes orçamentárias para o ano seguinte, juntamente com estimativas de receita e dívida, disse uma das pessoas. Isso significa, porém, que o resultado fiscal necessário para reduzir o déficit público dependerá da arrecadação do governo.
Se ficar aquém das estimativas, a equipe econômica teria que pensar em medidas para ajustar o orçamento. Esses detalhes, acrescentou a pessoa, ainda estão em discussão.
A proposta, que substituirá a atual regra do teto de gastos que limita o crescimento das despesas públicas à taxa de inflação, foi concluída no Ministério da Fazenda, mas ainda precisa ser discutida com Lula e outros membros de seu ministério, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad a jornalistas na segunda-feira (6).
Lula e Haddad têm criticado publicamente o Banco Central por manter os juros em 13,75%, nível que consideram um impedimento ao crescimento.
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