Gestora global diz que ações na América Latina estão baratas e aponta Brasil

CIO da Principal Asset diz que região está historicamente barata e aponta também o Chile como outro mercado em que investidores devem procurar ‘valor profundo’

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Bloomberg — A gestora americana Principal Asset Management está otimista em relação aos mercados acionários da América Latina, diante das oportunidades de crescimento e dos múltiplos atraentes.

O índice acionário de referência do Chile, o IPSA, está atualmente sendo negociado a 8 vezes o lucro futuro estimado, abaixo da média de cinco anos de 12,3 vezes, enquanto o Ibovespa segue descontado em relação às médias históricas.

“A região está historicamente barata. Se você está procurando um verdadeiro ‘valor profundo’, eu procuraria no Brasil e no Chile”, disse Todd Jablonski, diretor de investimentos (CIO) para asset allocation da Principal, em entrevista em São Paulo. “O México também é bastante interessante, mas é mais uma história de nearshoring – há potencial para este momento mexicano ganhar alguma força.”

Na semana passada, um porta-voz da Tesla (TSLA) disse que a empresa investirá cerca de US$ 5 bilhões em uma fábrica mexicana, ressaltando uma tendência de empresas americanas que buscam transferir a produção de países mais distantes para outros próximos.

A Principal ficou mais otimista com mercados emergentes no fim de janeiro, quando elevou de “neutra” para “overweight” (exposição acima da média do índice de referência) a sua posição em emergentes, ao antecipar um impulso adicional em termos de importações e capital fluindo para China.

“O caminho à frente apresenta não apenas uma oportunidade de retorno mas de diversificação”, já que a China se encontra em um ciclo diferente em comparação com outras economias, disse ele.

O índice MSCI China subiu 3,8% em dólares americanos no acumulado do ano, em comparação com um avanço de 3,4% para seu benchmark de mercado emergente.

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