Bloomberg Línea — Apesar das crises políticas, desigualdades e problemas econômicos, a América do Sul continua sendo o berço de grandes jogadores de futebol. E isso foi mais uma vez confirmado por um estudo do CIES Football Observatory sobre as “escolinhas” de futebol mais importantes do mundo, que colocou quatro times brasileiros (São Paulo, Santos, Flamengo e Fluminense) e um argentino (River Plate) entre os 20 melhores.
Além disso, outros dez times brasileiros estão entre os 100 primeiros.
As escolinhas de futebol mais valiosas do mundo
O estudo do CIES Football Observatory Weekly Post classifica os times de todo o mundo de acordo com o valor total estimado das transações por seus jogadores de base (pelo menos três anos entre 15 e 21 anos) que estão ativos em mais de 50 ligas profissionais.
Estes são os times no top 20:
- No topo da lista está o Benfica, de Portugal, com um valor total dos “graduados” de suas divisões juvenis de mais de US$ 710 milhões, distribuídos entre 104 jogadores.
- 2º Chelsea, da Inglaterra
- 3º Barcelona, da Espaha
- 4º Ajax, da Holanda
- 5º Manchester City, da Inglaterra
- 6º Paris Saint Germain, da França
- 7º São Paulo (com 73 “graduados”, no valor de pouco mais de US$ 502 milhões)
- 8º Santos (com 61 “graduados”, cujo valor de mercado é superior a US$ 470 milhões)
- 9º Flamengo (com 58 “graduados”, cujo valor de mercado é superior a US$ 464 milhões)
- 10º Sporting de Lisboa, de Portugal
- 11º Arsenal, da Inglaterra
- 12º Club Atlético River Plate, da Argentina (com 80 “graduados”, no valor de pouco mais de US$ 414 milhões)
- 13º Fluminense
- 14º Real Madrid, da Espanha
- 15º Porto, de Portugal
- 16º Stade Rennais, da França
- 17º Olympique de Lyon, da França
- 18º Dinamo Zagreb, da Croácia
- 19º Bayern de Munique, da Alemanha
- 20º Mônaco, que disputa a liga francesa
Outros times latino-americanos na lista
Além dos times mencionados, outros clubes latino-americanos aparecem entre aqueles cujas divisões de base são as mais bem classificadas:
- Boca Juniors, da Argentina, em 26º lugar
- Peñarol, do Uruguai, em 27º lugar
- Palmeiras, em 34º lugar
- Racing Club, da Argentina, em 38º lugar
- Inter de Porto Alegre, em 39º lugar
- Corinthians, em 42º lugar
- Argentinos Juniors, da Argentina, em 51º lugar
- Grêmio de Porto Alegre, em 52º lugar
- Independiente del Valle, do Equador, em 56º lugar
- Avaí, em 59º lugar
- Newell’s Old Boys, da Argentina, em 61º lugar
- Vélez Sarsfield, de Argentina, em 63º lugar
- Nacional, do Uruguai, em 64º lugar
- Ituano, em 69º lugar
- Athletico Paranaense, em 71º lugar
- San Lorenzo, da Argentina, em 73º lugar
- Barranquilla FC, da Colômbia, em 77º lugar
- Vasco da Gama, em 78º lugar
- Defensor Sporting, do Uruguai, em 83º lugar
- Coritiba, em 84º lugar
- Lanús, da Argentina, em 87º lugar
- Cruzeiro, em 89º lugar
- Rosario Central, da Argentina, em 93º lugar
- Belgrano de Córdoba, da Argentina, em 97º lugar
Os jogadores mais valiosos da América Latina
Apesar de Lionel Messi (que para muitos é o maior astro do futebol da história junto com Maradona e Pelé) ainda estar na ativa, há jogadores da América Latina que são mais caros que ele. Isto se deve principalmente ao preço por idade.
O jogador mais caro do mundo na última janela de transferências, por exemplo, foi o argentino Enzo Fernández. Advindo da base do River Plate, Fernández deixou o Benfica de Portugal e foi para o Chelsea por mais de US$ 128 milhões, de acordo com o site especializado TransferMarkt.
Outra transferência que abalou o futebol em 2022 foi a do brasileiro Antony, que veio da base do São Paulo, que saiu do Manchester United e foi para o Ajax por quase US$ 101 milhões, de acordo com os números fornecidos pelo TransferMarkt.
O terceiro latino-americano mais caro do mundo na temporada 2022-2023 foi o uruguaio Darwin Nunez, da base do Peñarol, que deixou o Benfica de Portugal e foi para o Liverpool por quase US$ 85 milhões.
Vale destacar ainda o caso notável o do brasileiro Casemiro, que veio da base do São Paulo e que aos 30 anos deixou o Real Madrid pelo Manchester United por US$ 75 milhões.
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