Bloomberg — A Virgin Galactic (SPCE), do bilionário Richard Branson, disse que está a caminho de levar uma equipe de pesquisa da Força Aérea italiana ao espaço no segundo trimestre de 2023, dando início ao tão esperado serviço comercial da empresa.
A companhia precisará tomar várias medidas antes de atingir o marco, incluindo testes em solo de seu avião espacial VSS Unity, e porta-aviões, VMS Eve, disse a Virgin Galactic na terça-feira (28). A empresa também planeja realizar um voo de teste de potência total com funcionários da Virgin a bordo.
A notícia foi anunciada junto aos resultados do quarto trimestre, que vieram mistos, segundo analistas. A receita atingiu US$ 869.000, acima dos US$ 564.000 esperados pelos analistas. No entanto, a empresa perdeu 55 centavos de dólar por ação, mais do que a perda de 50 centavos de dólar por ação prevista por Wall Street.
“Nosso objetivo de curto prazo para operações espaciais comerciais é realizar voos recorrentes com segurança com nossas naves atuais, proporcionando uma experiência incomparável para astronautas e pesquisadores privados”, disse o CEO Michael Colglazier em comunicado.
No ano, as ações da companhia subiam cerca de 65% até o fechamento de terça (28), para US$ 5,74 por ação, mas tinham queda de 90% em relação ao pico de fevereiro de 2021.
A empresa tem como objetivo oferecer viagens rápidas regulares para clientes no VSS Unity, que sobe até a borda do espaço depois de cair de seu porta-aviões e então desliza para uma pista como um avião.
No ano passado, a Virgin reabriu a venda de ingressos para o público em geral a um preço de US$ 450.000. Os primeiros clientes a pagar pelos voos, muitos anos atrás, inicialmente concordaram em pagar US$ 250.000 por passagem.
Como outras empresas que buscam transportar turistas de – e para o espaço –, a Virgin Galactic enfrentou contratempos. A empresa levou Branson ao espaço no VSS Unity em julho de 2021. Alguns meses depois desse voo, a empresa anunciou que iniciaria um “período planejado de aprimoramento e modificação do veículo” para atualizar seu hardware, fazendo com que todos os voos fossem colocados em pausa.
A maioria das atualizações centrou-se no VMS Eve, disse a empresa. Uma das maiores melhorias foi equipar a aeronave com um pilão de lançamento totalmente novo, que é usado para conectar a nave à Eve.
O trabalho em ambos os veículos foi concluído no ano passado e as aeronaves da Virgin Galactic começaram a voar novamente. Eve — um avião gigante de fuselagem dupla que transporta o VSS Unity para sua altitude de implantação — realizou um voo de teste em Mojave, na Califórnia, em 15 de fevereiro.
Em 27 de fevereiro, voou de Mojave para o Spaceport America no Novo México, o local onde a Virgin Galactic planeja realizar seus voos comerciais para o espaço.
Agora, com a Eve de volta ao Novo México, a Virgin Galactic planeja acelerar os testes de validação. Ele começará testando seus veículos em solo, com seu porta-aviões e nave espacial acoplados. Depois disso, conduzirá um voo planado de Unity, no qual o avião espacial é implantado da Eve e desliza para uma pista.
Se forem bem-sucedidos, a Virgin Galactic realizará um voo de teste de potência total do Unity, com uma tripulação de funcionários da empresa a bordo – semelhante ao voo que Branson fez. Esse voo incluirá verificações finais dos sistemas e validará a experiência de voo.
A partir de agora, o plano é iniciar o serviço comercial assim que o voo motorizado estiver concluído.
Veja mais em Bloomberg.com
Leia também:
Mexicanos vão às ruas protestar contra reformas eleitorais de López Obrador
Índice Margherita: ingredientes para pizza sobem 25% ao ano na Itália
Milhões de trabalhadores desapareceram na pandemia. Onde eles estão?
