Hapvida desaba mais de 32% após decepção com balanço e perspectiva negativa

Operadora de plano de saúde tem aumento de sinistralidade e prejuízo no 4º trimestre, o que provocou forte desvalorização de seus papéis na B3

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Bloomberg Línea — A Hapvida (HAPV3) assustou os investidores na B3 nesta quarta-feira (1º), após a divulgação de um prejuízo inesperado no quarto trimestre e a perspectiva negativa para seus negócios com a piora de indicadores-chaves da companhia. As ações fecharam em baixa de 32,74%, cotadas a R$ 3,02.

A operadora de planos de saúde reportou um prejuízo de R$ 316,7 milhões entre outubro e dezembro. Houve piora no índice de sinistralidade no período.

“O resultado do quarto trimestre ainda não trouxe a luz no fim do túnel para a operadora de planos de saúde. Estamos apreensivos com os pontos de atenção da sinistralidade e do índice de despesas administrativas”, afirmaram analistas da Genial Investimentos em relatório, que cortou o preço-alvo de R$ 8,50 para R$ 5, recomendando “manter” o papel em carteira.

Apesar desses pontos negativos do balanço, a corretora destacou que houve crescimento de receita, impulsionado por um aumento no número de beneficiários no trimestre e uma aceleração do ticket-médio. “Vemos com bons olhos a aceleração do ticket-médio e a capacidade de crescimento orgânico de beneficiários”, apontou o relatório.

Entre os fundos com maiores posições compradas no papel da Hapvida em outubro de 2022 (último dado disponível), segundo levantamento da plataforma Trademap sobre a posição em outubro de 2022, estavam Verde Master FIM (R$ 210,25 milhões), FIA Petros Seleção Alta Liquidez (R$ 176,72 milhões), Capstone Macro Master FIM (R$ 164,9 milhões), Velt Master FIA (R$ 153 milhões), FIA Alvorada (R$ 151,3 milhões), Vista Multiestratégia Master FIM (R$ 124,7 milhões), Atmos Master FIA (R$ 744 milhões), Kapitalo Master II FIM (R$ 526,95 milhões), Absoluto Partners Master FIA (R$ 406,9 milhões), Bogari Value Master II FIA(R$ 335,36 milhões) e Núcleo Master FIA (R$ 334 milhões).

Esses fundos podem não estar atualmente com essas posições, pois a regulamentação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) prevê um prazo de até três meses para a divulgação de suas posições.

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