Bloomberg Línea — Fundada por Adam Neumann, o controverso ex-CEO, a WeWork (WE) rapidamente espalhou seus escritórios compartilhados em todo o mundo e ganhou a confiança do líder do SoftBank, Masayoshi Son, com um investimento de US$ 4,4 bilhões, que avaliou a empresa em US$ 47 bilhões.
Após a tentativa de IPO fracassada em 2019, o enorme prejuízo e os problemas financeiros da startup vieram à tona e o conselho da WeWork votou para remover Neumann como CEO. Mas, nesta segunda-feira (27), o patrimônio de Adam Neumann, estimado em US$ 1,1 bilhão em tempo real pela Forbes, superou o da empresa que fundou e da qual foi “expulso” por investidores em razão de sua conduta.
A WeWork, que acabou abrindo o capital em 2021, apresentava capitalização de mercado (market cap) de cerca de US$ 920 milhões perto do meio-dia (horário de Brasília) desta segunda-feira (27).
Nos últimos 12 meses, a ação caiu cerca de 80% na Bolsa de Nova York.
Nos últimos resultados trimestrais, a empresa disse ter alcançado um Ebitda ajustado (indicador de geração de caixa operacional) positivo para o mês de dezembro de 2022, uma mudança em relação ao seu histórico de queima de caixa, conforme reportou a Bloomberg News. O CEO Sandeep Mathrani tem adotado esforços para cortar despesas a fim de obter lucro.
A WeWork teve um prejuízo de US$ 527 milhões no quarto trimestre, maior do que os analistas previam, e registrou receita de US$ 848 milhões, abaixo das estimativas de analistas da Bloomberg, que esperavam US$ 859 milhões.
Já Neumann recebeu, em agosto de 2022, um investimento de US$ 350 milhões da empresa de venture capital do Vale do Silício Andreessen Horowitz. O dinheiro foi para a Flow, sua nova startup. A Flow será proprietária e operadora de prédios de apartamentos residenciais nos Estados Unidos.
Desde que deixou a WeWork, Neumann entrou no mercado de criptomoedas, e o braço de serviços financeiros da Flow incluirá uma carteira digital para cripto, informou a Bloomberg News no ano passado.
Leia também
O que quer o fundo do bilionário Eduardo Saverin após levantar US$ 2,1 bi