Minério de ferro cai após ordem de corte de produção em polo siderúrgico chinês

Medida foi tomada por autoridades da China para reduzir a poluição atmosférica; local é o principal polo siderúrgico do país

Autoridades costumam ordenar o corte de produção antes de reuniões políticas
Por Liz Ng
27 de Fevereiro, 2023 | 11:26 AM

Bloomberg — O preço do minério de ferro afundou após uma ordem das autoridades chinesas para cortar a produção em um importante polo siderúrgico para conter a poluição. Os futuros da matéria-prima usada na produção do aço caíram até 3,7% na segunda-feira (27), para US$ 122,10 a tonelada, a cotação mais baixa em quase duas semanas.

A cidade de Tangshan, o principal polo siderúrgico do país, tomou medidas para restringir a produção antes de importantes convenções políticas anuais programadas para começar em Pequim neste fim de semana. As usinas reduzirão a produção entre 30% a 50%, segundo uma enquete da Mysteel.

PUBLICIDADE

Embora medidas como esta ocorram regularmente antes de grandes reuniões políticas, elas se somam a perspectivas pessimistas para o minério de ferro diante do aumento dos estoques e uma crise imobiliária persistente.

Cotações de minério caíram com perspectiva de queda na demanda após corte de produção

A queda de produção de aço ocorre em um momento em que as usinas normalmente aceleram a atividade para atender ao pico anual de demanda do setor de construção.

Os preços do minério já caíram 6,2% em relação ao pico deste ano, atingido na terça-feira passada.

PUBLICIDADE

A produção de aço normalmente atinge o fundo do poço durante o fim das reuniões políticas anuais conhecidas como Duas Sessões, mas as quedas nos volumes anuais variam, disse Steven Yu, analista da Mysteel. Com base no histórico, a produção de aço pode ter uma queda pequena, entre 40.000 e 50.000 toneladas, ou de mais de 100.000 toneladas, disse ele.

--Com a colaboração de Winnie Zhu.

Veja mais em Bloomberg.com

PUBLICIDADE

Leia também

Sob pressão, CEO do Goldman aposta em wealth para retomar confiança do mercado

Michael Wilson, do Morgan Stanley: março é mês de alto risco para queda de ações