Bloomberg — As áreas de engenharia da Ford Motor (F) podem suportar o peso dos cortes adicionais de empregos aos quais a montadora aludiu após lucros decepcionantes, a julgar pela última entrevista do CEO Jim Farley.
“Precisamos de 25% a mais de engenheiros para fazer as mesmas declarações de trabalho [statement of work, um documento com objetivos e entregas de um projeto] que nossos concorrentes”, disse Farley em “Cars & Culture with Jason Stein”, um programa de rádio da SiriusXM no início do mês.
“Não posso me dar ao luxo de ser 25% menos eficiente.”
Farley disse no início do mês que a Ford perdeu cerca de US$ 2 bilhões em lucros no ano passado como resultado de despesas evitáveis e problemas na cadeia de suprimentos. Ele prometeu cortar US$ 2,5 bilhões em custos neste ano e disse que cortes de empregos estão sobre a mesa.
No último dia 14, a montadora americana anunciou o corte de 3.800 empregos na Europa, principalmente na Alemanha e no Reino Unido.
Em agosto passado, a Ford eliminou cerca de 3.000 postos de trabalho, a maioria dos quais nos Estados Unidos.
A Bloomberg News informou em julho do ano passado que a Ford estava se preparando para cortar até 8.000 empregos.
No início do mês, a Ford anunciou que reduziria os bônus de centenas de altos executivos, incluindo Farley, que é CEO desde outubro de 2020. As ações da montadora quase dobraram durante sua gestão.
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