Bloomberg — Os Estados Unidos anunciaram novas ações contra o setor de metais e mineração da Rússia, incluindo medidas que aumentarão significativamente o custo de importação de alumínio russo.
A Casa Branca planeja elevar as tarifas para mais de 100 metais, minerais e produtos químicos russos no valor de US$ 2,8 bilhões para a Rússia, segundo comunicado nesta sexta-feira com uma nova rodada de medidas para marcar o aniversário de um ano da invasão da Ucrânia.
As ações “aumentarão significativamente os custos do alumínio que foi fundido ou derretido na Rússia para entrar no mercado dos EUA”, segundo o comunicado, que não forneceu mais detalhes. A Bloomberg News havia informado anteriormente que os EUA preparavam tarifas de importação de 200% sobre o alumínio russo.
EUA e Europa impuseram sanções abrangentes à Rússia em resposta à invasão da Ucrânia, mas metais industriais como o alumínio haviam escapado de restrições mais amplas. Aplicar uma tarifa foi a menos severa de várias opções contempladas por meses pelo governo Biden.
Traders observam de perto os detalhes de quaisquer tarifas ou sanções para avaliar o impacto nos mercados de alumínio fora dos EUA. Os suprimentos russos normalmente respondem por cerca de um décimo das importações dos EUA, embora a maior parte seja de itens de valor agregado, e não de produtos a granel. Compradores dos EUA incluem os setores de construção e automotivo.
“Achamos que isso provavelmente terá um impacto limitado no mercado global de alumínio”, disse Ewa Manthey, estrategista de commodities do ING Groep. “Se os EUA seguissem a rota das sanções, isso teria um impacto mais grave no mercado.”
A medida contra o alumínio da Rússia recebeu apoio fervoroso de produtores dos EUA, liderados pela Alcoa. A Casa Branca também disse na sexta-feira que está “expandindo suas autoridades de sanções ao setor de metais e mineração da Rússia”, mas que a medida seria adaptada para minimizar o impacto no mercado.
A Bolsa de Metais de Londres (LME) também ponderou a proibição de novas entregas de matérias-primas russas, mas decidiu não seguir em frente em novembro. Desde então, os estoques nos principais centros de produtos do país aumentaram, o que reforçou o temor de que o mercado possa ser distorcido.
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