Estados Unidos impõem tarifas sobre alumínio e outros metais da Rússia

Traders estão observando de perto os detalhes de quaisquer tarifas ou sanções para ver se afetarão os mercados de alumínio fora dos EUA

Ação contra alumínio da Rússia recebeu apoio fervoroso de produtores americanos
Por Jack Farchy e Eddie Spence
24 de Fevereiro, 2023 | 01:21 PM

Bloomberg — Os Estados Unidos anunciaram novas ações contra o setor de metais e mineração da Rússia, incluindo medidas que aumentarão significativamente o custo de importação de alumínio russo.

A Casa Branca planeja elevar as tarifas para mais de 100 metais, minerais e produtos químicos russos no valor de US$ 2,8 bilhões para a Rússia, segundo comunicado nesta sexta-feira com uma nova rodada de medidas para marcar o aniversário de um ano da invasão da Ucrânia.

As ações “aumentarão significativamente os custos do alumínio que foi fundido ou derretido na Rússia para entrar no mercado dos EUA”, segundo o comunicado, que não forneceu mais detalhes. A Bloomberg News havia informado anteriormente que os EUA preparavam tarifas de importação de 200% sobre o alumínio russo.

EUA e Europa impuseram sanções abrangentes à Rússia em resposta à invasão da Ucrânia, mas metais industriais como o alumínio haviam escapado de restrições mais amplas. Aplicar uma tarifa foi a menos severa de várias opções contempladas por meses pelo governo Biden.

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Traders observam de perto os detalhes de quaisquer tarifas ou sanções para avaliar o impacto nos mercados de alumínio fora dos EUA. Os suprimentos russos normalmente respondem por cerca de um décimo das importações dos EUA, embora a maior parte seja de itens de valor agregado, e não de produtos a granel. Compradores dos EUA incluem os setores de construção e automotivo.

“Achamos que isso provavelmente terá um impacto limitado no mercado global de alumínio”, disse Ewa Manthey, estrategista de commodities do ING Groep. “Se os EUA seguissem a rota das sanções, isso teria um impacto mais grave no mercado.”

A medida contra o alumínio da Rússia recebeu apoio fervoroso de produtores dos EUA, liderados pela Alcoa. A Casa Branca também disse na sexta-feira que está “expandindo suas autoridades de sanções ao setor de metais e mineração da Rússia”, mas que a medida seria adaptada para minimizar o impacto no mercado.

A Bolsa de Metais de Londres (LME) também ponderou a proibição de novas entregas de matérias-primas russas, mas decidiu não seguir em frente em novembro. Desde então, os estoques nos principais centros de produtos do país aumentaram, o que reforçou o temor de que o mercado possa ser distorcido.

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