Bloomberg — A Ericsson, uma das maiores fornecedoras mundiais de equipamentos de rede 5G, planeja cortar 8.500 funcionários em todo o mundo para reduzir despesas depois que o mercado de equipamentos de telecomunicações parou de crescer.
A maioria dos cortes na fabricante sueca de redes móveis ocorrerá durante a primeira metade do ano, embora alguns sejam em 2024, disse a empresa em resposta a perguntas por e-mail nesta sexta-feira (24).
Os cortes de empregos da Ericsson são os mais recentes anunciados em um setor de telecomunicações que tropeçou devido ao enfraquecimento da economia global e ao aumento da inflação. O grupo de telecomunicações britânico Vodafone Group anunciou planos para centenas de demissões no início deste ano.
“Vemos um potencial para simplificar e nos tornar mais eficientes em toda a empresa, especialmente quando se trata de custos estruturais”, disse Jenny Hedelin, porta-voz da Ericsson.
Os papéis acumulam queda de 4,6% este ano, após passarem por um recuo de quase 40% em 2022.
Os cortes são equivalentes a 8% da força de trabalho da Ericsson e fazem parte de um plano traçado em dezembro para cortar 9 bilhões de coroas suecas (US$ 862 milhões) em custos até o final de 2023. A empresa havia previsto anteriormente que a economia neste ano viria principalmente de reduções nos custos das mercadorias vendidas.
O acionista ativista Cevian Capital AB, que tem pedido à Ericsson para “drenar o pântano de perdas”, disse que acolheu a medida.
“Este é um passo importante para enfrentar os problemas de lucratividade na estrutura”, disse Christer Gardell, sócio-gerente e fundador da Cevian, em comentários por e-mail.
A Cevian, que investiu pela primeira vez na fabricante sueca de redes de telecomunicações em 2017 e agora tem uma participação de cerca de 5%, está procurando nomear um diretor para o conselho em uma próxima reunião de acionistas em março.
A Ericsson relatou uma queda maior do que a esperada nos lucros do quarto trimestre no mês passado, depois que alguns de seus principais clientes 5G reduziram os gastos em um ambiente econômico incerto.
A Reuters havia noticiado o fato anteriormente.
--Com ajuda de Alastair Reed, Anton Wilen, Veronica Ek, Kati Pohjanpalo e Love Liman
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