Bloomberg — Os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos surpreenderam ao caírem para o nível mais baixo em quatro semanas, sinalizando um aperto no mercado de trabalho americano.
Na semana encerrada em 18 de fevereiro, os pedidos iniciais de desemprego diminuíram em 3.000 para 192.000, de acordo com dados do Departamento do Trabalho divulgados nesta quinta-feira (23). A estimativa média em uma pesquisa da Bloomberg com economistas apontava para 200.000 pedidos.
Os pedidos contínuos, que incluem pessoas que já receberam seguro-desemprego por uma semana ou mais, diminuíram em 37.000 – a maior queda desde dezembro – para 1,65 milhão na semana encerrada em 11 de fevereiro.
O mercado de trabalho está apertado por muitas medidas, incluindo criação robusta de empregos, baixo desemprego e milhões de vagas abertas. Essa tem sido uma das principais preocupações do Federal Reserve, o banco central dos EUA, já que os formuladores de políticas veem a força como um fator que mantém a inflação elevada.
Na reunião do banco central no início deste mês, algumas autoridades observaram que as empresas estão segurando os trabalhadores devido aos recentes desafios de contratação, de acordo com a ata da reunião divulgada na quarta-feira (22).
Muitos economistas apontam para essa prática, conhecida como “acumulação de mão de obra”, como uma razão pela qual os pedidos permanecem historicamente baixos, apesar da crescente incerteza econômica.
Um sinal tido como novidade é o aumento das demissões. A Meta Platforms (META) está se preparando para outra rodada de cortes de empregos que podem afetar milhares de trabalhadores, de acordo com o jornal Washington Post.
Os cortes estão se espalhando para alguns outros setores, com a empresa de consultoria McKinsey & Co. planejando eliminar cerca de 2.000 empregos.
A média móvel de quatro semanas nos pedidos iniciais, que suaviza a volatilidade semana a semana, subiu pela segunda semana, para 191.250.
Sem ajustes, os pedidos iniciais caíram para 210.867, liderados pelos estados de Califórnia e Michigan. As reivindicações foram estimadas na última semana para quatro estados.
-- Com a colaboração de Jordan Yadoo.
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