Não só as big techs: Alibaba, dono do Aliexpress, demitiu 19 mil em 2022

Crescimento da empresa foi prejudicado pela economia global e pela rigorosa política de covid zero da China; quadro ainda chega a 239,7 mil funcionários

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Bloomberg — O grupo chinês Alibaba, dono da loja online Aliexpress, reduziu sua força de trabalho em cerca de 19.000 funcionários no ano passado, à medida que se adaptava a uma crise econômica global e mudou o foco para a eficiência de custos.

O número representa cerca de 7% da sua força de trabalho total, que soma 239.740 funcionários, de acordo com seu último relatório. A empresa continua sendo um dos maiores empregadores do setor privado da China. A companhia relatou vendas e lucros que superaram as expectativas médias dos analistas e suas ações subiram em resposta.

A varejista online com sede em Hangzhou dispensou mais de 4.000 funcionários no último trimestre do ano, de acordo com dados de seu relatório de resultados desta quinta-feira (23). As maiores reduções deste ano ocorreram em meados de junho do ano passado, quando registrou sua primeira contração na receita.

O crescimento da empresa foi prejudicado por fatores macroeconômicos globais e pela rigorosa política de covid zero da China, com bloqueios limitando os gastos do consumidor.

O Alibaba disse em maio que adotará uma abordagem “mais disciplinada” para gastar e reduzirá as despesas em áreas que não estão gerando valor a longo prazo. Essa mudança — alinhada com os incentivos de Pequim — marca uma grande mudança em relação à apropriação agressiva e ampla do mercado que caracterizou a gigante do comércio eletrônico no passado.

Ainda assim, os cortes de empregos em dezembro aumentaram em relação a setembro, então a empresa parece estar ajustando seu tamanho para lidar com uma economia mais lenta – mesmo com sinais crescentes de uma recuperação se enraizando no país e no exterior.

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