McKinsey planeja cortar cerca de 2 mil empregos, em maior reestruturação em anos

Consultoria, conhecida por ajudar outras empresas a fazer reajustes, deve reduzir sua força de trabalho que hoje chega a 45 mil pessoas no mundo

Demissões devem se concentrar em áreas de apoio, segundo a Bloomberg
Por Sridhar Natarajan
21 de Fevereiro, 2023 | 06:22 PM

Bloomberg — A consultoria McKinsey, uma das mais renomadas no mundo, planeja eliminar cerca de 2.000 empregos, em uma das maiores rodadas de cortes da gigante da consultoria de todos os tempos.

A empresa conhecida por planejar planos de redução de pessoal para seus clientes agora está fazendo cortes na sua própria equipe. A empresa espera concentrar o enxugamento nas áreas de suporte, que atuam em tarefas sem contato direto com clientes, de acordo com pessoas com conhecimento do conhecimento do assunto ouvidas pela Bloomberg News.

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Sob um plano apelidado de Projeto Magnolia, a gestão da empresa espera que a mudança ajude a preservar o pool de remuneração de seus sócios, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas discutindo informações não públicas. A empresa, que teve um rápido crescimento em seu número de funcionários durante a década passada, procura reestruturar como organiza suas equipes de apoio para centralizar alguns das tarefas.

Espera-se que o plano seja finalizado nas próximas semanas, e o número final de posições a ser eliminadas de sua força de trabalho de 45.000 pessoas ainda pode mudar, disse uma das pessoas. Há apenas cinco anos, o número de funcionários era de 28.000. Em 2012, eram 17.000.

“Pela primeira vez em mais de uma década, estamos redesenhando a maneira como nossas equipes que não atendem aos clientes operam, para que essas equipes possam efetivamente apoiar e crescer com nossa empresa”, disse D.J. Carella, um representante da empresa, em comunicado por e-mail. Carella disse que a empresa ainda está contratando profissionais que lidam diretamente com os clientes.

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A empresa registrou um recorde de US$ 15 bilhões em faturamento em 2021 e superou esse número em 2022, disse uma das pessoas.

Reajustes nas empresas

Empresas de diferentes segmentos, desde finanças, tecnologia e varejo, fizeram cortes de empregos nos últimos meses em meio a uma desaceleração na demanda e previsões de uma recessão iminente da economia americana. Os gigantes da tecnologia, incluindo a Amazon (AMZN) e a Microsoft (MSFT), anunciaram planos para cortes profundos, e o Goldman Sachs Group (GS), o Morgan Stanley (MS) e outros grandes bancos têm eliminado milhares de posições.

A decisão de McKinsey ocorre dois anos depois que Bob Sternfels assumiu o cargo de sócio administrativo global após uma votação de seus cerca de 650 sócios seniores para tomar o lugar do seu antecessor, Kevin Sneader.

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A mudança de gestão marcou um período tumultuado para a empresa, que foi criticada por seu papel no aconselhamento dos fabricantes do analgésico Oxicodona e por outros laços comerciais.

Sneader, o antigo líder da empresa, agora trabalha nas operações do Goldman Sachs Group na Ásia-Pacífico.

Os consultores da McKinsey ajudaram a popularizar a frase “Guerra por talento” (War for talent) no final dos anos 1990, um slogan que voltou à moda nos últimos anos, quando a recuperação pós-pandemia levou a um período frenético de contratação e expansão de funcionários entre as empresas.

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Com esse crescimento agora começando a diminuir, as empresas lutando para preservar os lucros estão recorrendo a cortes de empregos em uma escala não vista em mais de uma década.

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