Bloomberg — Em uma semana de negociações reduzidas em razão dos feriados de carnaval, o investidor segue atento às negociações entre Americanas (AMER3) e seus credores, assim como o desenrolar das conversas na Oi (OIBR3), CVC (CVCB3), Light (LIGT3) e, mais recentemente, Tok&Stok.
Minerva (BEEF3) e Isa Cteep (TRPL4) divulgam balanços trimestrais e a Méliuz (CASH3) reúne os acionistas para votar a proposta que desobriga o banco BV da chamada “pílula do veneno” (poison pill) na compra de fatia da companhia.
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Embate com bancos
A Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste apelaram contra a decisão da Justiça que suspendeu, neste mês, a obrigação de a Oi cumprir seus compromissos com os credores, segundo o Estado de S. Paulo. No cerne da disputa está a chamada “tutela de urgência”, a mesma adotada pela Americanas.
No caso da Oi, a situação é mais complexa porque a operadora recebeu, em dezembro, a sentença de encerramento do seu 1º processo de recuperação, iniciado em 2016. Mas o processo ainda não transitou em julgado, o que deu munição aos bancos para dispararem contra a concessão da tutela de urgência.
Provisões de mais de R$ 9 bi
Os maiores bancos de capital aberto do Brasil reservaram R$ 9,3 bilhões para potenciais perdas com a Americanas, segundo dados compilados pela Bloomberg nos balanços das instituições financeiras.
O Bradesco foi o mais atingido entre os bancos locais, com uma despesa extraordinária para perdas com empréstimos de R$ 4,9 bilhões “a um cliente large corporate específico”.
Também busca reestruturação
A rede de móveis Tok&Stok contratou a Alvarez & Marsal para fazer uma reestruturação financeira, disse O Globo citando fontes que falaram sob anonimato.
Uma das fontes ouvidas disse ao Valor que o grupo já estaria com ordem de despejo por falta de pagamento. A rede tem 40 anos de atuação e cerca de 60 lojas pelo país. A Alvarez & Marsal também atua na recuperação judicial da Americanas.
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