Reunião de negociação da Americanas com bancos credores terá sócio da 3G

Encontro acontecerá amanhã (16) pela manhã em São Paulo e está sendo organizado pelo sócio do Rothschild no Brasil, Luiz Muniz

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Bloomberg — O sócio-fundador da 3G Capital Roberto Thompson deverá participar da reunião de negociação entre a Americanas (AMER3) e os bancos que tentam recuperar créditos após a varejista ter entrado com pedido de recuperação judicial no mês passado, segundo pessoas com conhecimento do assunto.

O encontro acontecerá em São Paulo na manhã de quinta-feira (16) e está sendo organizado pelo sócio do Rothschild no Brasil, Luiz Muniz, que trabalha com a Americanas. Espera-se a presença de representantes dos maiores bancos brasileiros, incluindo Bradesco (BBDC4), Santander Brasil (SANB11) e BTG Pactual (BPAC11).

Thompson é um colaborador de longa data dos bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Sicupira, que são os maiores acionistas da Americanas. Ele atualmente faz parte dos conselhos da Ambev e da StoneCo e ocupou cargos de conselho anteriormente na Restaurant Brands International, Americanas e Anheuser-Busch InBev.

Natural do Rio de Janeiro, estudou na Wharton e trabalhou no Banco Garantia de Lemann a partir da década de 1980.

O envolvimento de Thompson nas negociações ocorre após reuniões separadas com cada credor lideradas por Sicupira na semana passada, que não produziram nenhum desenvolvimento significativo, disseram as pessoas, que não estão autorizadas a falar publicamente sobre o assunto.

Sicupira é visto como o mais próximo do trio de bilionários dos negócios da Americanas, já que faz parte do conselho de administração e era presidente-executivo quando a empresa foi adquirida em 1982.

O jornal Valor Econômico noticiou anteriormente que Thompson participará das reuniões. A Americanas emitiu um comunicado confirmando que o Rothschild se reunirá com credores “para avançar na elaboração de um acordo”. A 3G capital não respondeu imediatamente a um e-mail pedindo comentários.

A Americanas, que mergulhou em uma crise no início do ano após a revelação de “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões, deve cerca de R$ 42,5 bilhões a mais de 9.000 empresas e pessoas físicas, segundo sua lista atualizada de credores.

Os bancos, os maiores credores da Americanas, fizeram provisões de mais de US$ 1,8 bilhão para cobrir possíveis perdas decorrentes de sua exposição à varejista.

-- Com a colaboração de Vinícius Andrade.

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