Barcelona, Espanha — A inflação de janeiro nos Estados Unidos é o catalisador das apostas sobre os juros nesta semana. Vários membros reforçaram que a taxa deve subir um pouco mais para conter o risco inflacionário assinalado pela força do mercado de trabalho.
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A volatilidade dá o tom aos primeiros negócios do dia, com os futuros de índices dos Estados Unidos operavam com sinais divergentes há instantes atrás, depois de terem recuado antes. As bolsas europeias avançavam, enquanto as principais bolsas asiáticas fecharam com sinais mistos.
No mercado de dívida, o prêmio do título norte-americano para 10 anos subia a 3,738% às 6h46 (horário de Brasília). O dólar se apreciava ante outras moedas, enquanto euro e libra se desvalorizavam.
Os contratos de petróleo WTI recuavam, assim como a cotação do ouro e do bitcoin.
→ O que move os mercados hoje
📈 IPC em foco. Essa perspectiva pode se fortalecer se o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) mostrar amanhã a primeira aceleração em três meses, como projetam os economistas. Vários dirigentes trarão a visão do Federal Reserve (Fed) sobre esse conjunto de informações ao longo da semana.
🎈 Mistério no ar. Em oito dias, já foram derrubaram quatro objetos voadores não identificados no Alasca, Canadá e Michigan. Ampliam-se as tensões geopolíticas e, diferentemente do balão chinês derrubado há uma semana, o governo norte-americano não oferece detalhes sobre os achados mais recentes. Nesta manhã, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, disse que balões americanos voaram ilegalmente sobre a China mais de 10 vezes desde o início de 2022.
⬇️ Receita pela metade. Enquanto tenta lidar com a desvalorização de seus ativos, o conglomerado do bilionário Gautam Adani busca recuperar a confiança do mercado pagando dívidas antecipadamente. Mas, segundo pessoas consultadas pela Bloomberg, a receita do grupo deve crescer de 15% a 20%, metade do que era esperado para este ano fiscal (40%).
🛢️ O vai e vem do petróleo. Outro componente de preços em destaque é o petróleo, que subiu 8% na semana passada, com notícias de que a Rússia cortará sua produção diária em 500 mil barris. A cotação voltou a baixar e os operadores monitoram o relatório da OPEP amanhã e seu reflexo sobre o comportamento da commodity.
🏦 Troca no BoJ. No Japão, os ativos se movem orientados pela perspectiva de mudanças no banco central. Kazuo Ueda, que poderia ser escolhido para assumir o comando do BOJ, tem perfil potencialmente agressivo na visão do mercado e poderia gerar mudanças na política monetária. Porém, ele disse a jornalistas que a política de estímulo do banco central deveria permanecer. A nomeação deve ocorrer amanhã.
🇨🇭 Inflação suíça. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acelerou +3,3% na Suíça em janeiro, mais do que a mediana das previsões (+3,1%), em meio a pressões com custo de energia. O núcleo da inflação também subiu de +2% em dezembro para +2,2 em janeiro. O banco central do país já sinalizou novo aumento de juros em março.
🟢 As bolsas na sexta-feira (10/02): Dow Jones Industrials (+0,50%), S&P 500 (+0,22%), Nasdaq Composite (-0,61%), Stoxx 600 (-0,96%), Ibovespa (+0,06%)
Pesaram sobre as operações os temores de que o Fed tenha de aumentar o custo do dinheiro por mais tempo. Patrick Harker, do Fed de Filadélfia, disse que o juro deve subir acima de 5% e permanecer nesse nível para garantir que as pressões sobre os preços diminuam.
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Na agenda
Esta é a agenda prevista para hoje:
• EUA: Expectativa de Inflação ao Consumidor
• Europa: Encontro do Eurogrupo); Alemanha (Saldo de Transações Correntes/Dez)
• Ásia: Japão (PIB/4T22)
• América Latina: Brasil (Boletim Focus, Fluxo Cambial Estrangeiro); México (Balanço Fiscal/Dez)
• Bancos centrais: Discurso de Michelle Bowman-Fed
• Balanços: BTG Pactual, Banco do Brasil, Nubank, Carrefour, Galp Energia, Avis, Amkor
🗓️ Estes são os eventos de destaque na semana →
(Com informações da Bloomberg News)
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