Bloomberg — O BTG Pactual (BPAC11), um dos credores da Americanas (AMER3), está entre as empresas que divulgam resultados trimestrais nos próximos dias. O banco saiu vencedor - por ora - de uma disputa legal referente a um valor de R$ 1,2 bilhão que a varejista tentava retomar para a sua operação.
O “efeito Americanas”, já visto nos resultados de Santander, Itaú e Bradesco, deve ser um dos destaques também no BTG nesta segunda (13). Na semana, Banco do Brasil (BBAS3), Carrefour Brasil (CRFB3), B3 (B3SA3) e Vale (VALE3) também reportam balanços.
Confira os principais destaques corporativos da semana que começa:
- Segunda-feira (13 de fevereiro): Banco do Brasil, BTG Pactual, Carrefour Brasil, São Martinho e Vamos Locação divulgam resultados trimestrais;
- Terça-feira (14 de fevereiro): GPA reúne acionistas em AGE para discutir capitalização de reservas, sem a emissão de novas ações, e alterações no estatuto social;
- Terça-feira (14 de fevereiro): JSL, Nubank, Raízen e Totvs publicam balanço;
- Quarta-feira (15 de fevereiro): Assaí, B3, Banrisul, CCR, Neoenergia, Rumo, Telefônica e Weg divulgam balanço do 4º trimestre;
- Quinta-feira (16 de fevereiro): Engie, Hypera, Lojas Renner, Sanepar, Vale e XP Inc. divulgam balanço;
- Sexta-feira (17 de fevereiro): Nada previsto até o momento.
R$ 13 bi em créditos vencidos
Bradesco (BBDC4) e Itaú Unibanco (ITUB4) deram início à venda de suas carteiras de créditos vencidos de pessoas físicas e pequenos investidores que, juntas, somam cerca de R$ 13 bilhões, disse a Agência Estado sem revelar como obteve a informação.
Além da alta na inadimplência, os bancos esperam um aumento no número de empresas com problemas financeiros, como Americanas, Oi (OIBR3) e Light (LIGT3).
Mais reestruturações?
Além de Americanas e Oi, outras empresas entram no radar ao admitir reestruturações. A Light, por exemplo, negou estar na iminência de pedir recuperação judicial, mas admitiu ter contratado a consultoria financeira Laplace – a mesma contratada na recuperação judicial da Oi – para assessorá-la na busca de estratégias para melhorar sua estrutura de capital.
A empresa também afirmou à Aneel que sua geração de caixa é insuficiente para sustentar a concessão, principalmente por conta de furtos de energia e inadimplência.
Já a varejista Marisa Lojas (AMAR3) informou a renúncia do presidente Adalberto Pereira Santos e a contratação da BR Partners para assessorá-la no processo de renegociação de seu endividamento financeiro e a Galeazzi Associados para apoiá-la na estrutura de custos.
Privatização questionada
O presidente Lula (PT), que na campanha eleitoral já se manifestou contrário à privatização da Eletrobras (ELET3; ELET6), fez críticas ao modelo adotado para reduzir a presença da União na empresa e informou a jornalistas que vai pedir que a Advocacia-Geral da União (AGU) reveja pontos do contrato que privatizou a companhia.
O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse concordar com o presidente Lula de que o modelo adotado deixou o país “numa condição de desvantagem”, mas ressaltou que essa é a natureza da Eletrobras hoje e que a pasta vai tentar colocar a companhia privada “para trabalhar em prol do povo brasileiro.”
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