BTG, Banco do Brasil e Vale divulgam balanços: destaques da semana que começa

No noticiário corporativo, temporada de resultados tem semana agitada com grandes nomes reportando seus números do quarto trimestre no Brasil

Sede do BTG Pactual em São Paulo
Por Taís Fuoco e Raphael Almeida Dos Santos
12 de Fevereiro, 2023 | 06:20 PM

Bloomberg — O BTG Pactual (BPAC11), um dos credores da Americanas (AMER3), está entre as empresas que divulgam resultados trimestrais nos próximos dias. O banco saiu vencedor - por ora - de uma disputa legal referente a um valor de R$ 1,2 bilhão que a varejista tentava retomar para a sua operação.

O “efeito Americanas”, já visto nos resultados de Santander, Itaú e Bradesco, deve ser um dos destaques também no BTG nesta segunda (13). Na semana, Banco do Brasil (BBAS3), Carrefour Brasil (CRFB3), B3 (B3SA3) e Vale (VALE3) também reportam balanços.

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Confira os principais destaques corporativos da semana que começa:

  • Segunda-feira (13 de fevereiro): Banco do Brasil, BTG Pactual, Carrefour Brasil, São Martinho e Vamos Locação divulgam resultados trimestrais;
  • Terça-feira (14 de fevereiro): GPA reúne acionistas em AGE para discutir capitalização de reservas, sem a emissão de novas ações, e alterações no estatuto social;
  • Terça-feira (14 de fevereiro): JSL, Nubank, Raízen e Totvs publicam balanço;
  • Quarta-feira (15 de fevereiro): Assaí, B3, Banrisul, CCR, Neoenergia, Rumo, Telefônica e Weg divulgam balanço do 4º trimestre;
  • Quinta-feira (16 de fevereiro): Engie, Hypera, Lojas Renner, Sanepar, Vale e XP Inc. divulgam balanço;
  • Sexta-feira (17 de fevereiro): Nada previsto até o momento.

R$ 13 bi em créditos vencidos

Bradesco (BBDC4) e Itaú Unibanco (ITUB4) deram início à venda de suas carteiras de créditos vencidos de pessoas físicas e pequenos investidores que, juntas, somam cerca de R$ 13 bilhões, disse a Agência Estado sem revelar como obteve a informação.

Além da alta na inadimplência, os bancos esperam um aumento no número de empresas com problemas financeiros, como Americanas, Oi (OIBR3) e Light (LIGT3).

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Mais reestruturações?

Além de Americanas e Oi, outras empresas entram no radar ao admitir reestruturações. A Light, por exemplo, negou estar na iminência de pedir recuperação judicial, mas admitiu ter contratado a consultoria financeira Laplace – a mesma contratada na recuperação judicial da Oi – para assessorá-la na busca de estratégias para melhorar sua estrutura de capital.

A empresa também afirmou à Aneel que sua geração de caixa é insuficiente para sustentar a concessão, principalmente por conta de furtos de energia e inadimplência.

Já a varejista Marisa Lojas (AMAR3) informou a renúncia do presidente Adalberto Pereira Santos e a contratação da BR Partners para assessorá-la no processo de renegociação de seu endividamento financeiro e a Galeazzi Associados para apoiá-la na estrutura de custos.

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Privatização questionada

O presidente Lula (PT), que na campanha eleitoral já se manifestou contrário à privatização da Eletrobras (ELET3; ELET6), fez críticas ao modelo adotado para reduzir a presença da União na empresa e informou a jornalistas que vai pedir que a Advocacia-Geral da União (AGU) reveja pontos do contrato que privatizou a companhia.

O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse concordar com o presidente Lula de que o modelo adotado deixou o país “numa condição de desvantagem”, mas ressaltou que essa é a natureza da Eletrobras hoje e que a pasta vai tentar colocar a companhia privada “para trabalhar em prol do povo brasileiro.”

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