Super Bowl 2023: os impactos econômicos esperados para a edição deste ano

Estima-se que o evento gere uma receita de até US$ 600 milhões para a cidade-sede; comerciais de TV devem roubar o show novamente

Evento da NFL tem os comerciais de TV mais caros do mundo
11 de Fevereiro, 2023 | 06:38 PM

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Bloomberg Línea — A partida final do campeonato da NFL de 2023, o Super Bowl LVII, acontecerá em Phoenix, no Arizona, no State Farm Stadium, recebendo o Philadelphia Eagles e o Kansas City Chiefs para o maior evento esportivo dos Estados Unidos e um dos mais assistidos ao redor do mundo.

O impacto econômico do evento pode totalizar US$ 600 milhões, segundo o Seidman Research Institute do estado do Arizona, embora o valor seja menor do que o alcançado em 2015, de US$ 720 milhões, quando a final também foi realizada no estado.

O mesmo instituto aponta que na arena onde será disputada a partida haverá 68 mil espectadores no domingo (12), enquanto outras 150 mil pessoas aproveitarão toda a experiência da NFL em Phoenix.

O jogo final não será a única atração, já que os criativos comerciais de televisão e o show do intervalo são parte essencial deste evento esportivo, no qual as empresas de publicidade gastam US$ 578,4 milhões em anúncios, com US$ 32 milhões gerados apenas com publicidade no intervalo, de acordo com dados da Kantar e da rede NBC.

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Eventos anteriores do Super Bowl no Arizona

Na história, o estado do Arizona, nos EUA, já sediou três finais da NFL, sem contar a do próximo domingo. No Super Bowl de 2008, o evento gerou impactos econômicos diretos e indiretos de US$ 501 milhões, e em 2015, quando foi realizado em Phoenix, o impacto econômico total foi de US$ 720 milhões.

O Instituto Seidman do Estado do Arizona projetou que entre 80% e 90% dos 100 mil participantes de eventos relacionados ao Super Bowl são estrangeiros, ou seja, de fora do estado, por isso os preços das diárias de hotéis durante a semana e final de semana do evento podem aumentar entre 200% e 300% em relação a uma semana qualquer.

Os gastos dos consumidores durante o evento

Muitos países estarão conectados a este evento no domingo a partir das 20h30 (horário de Brasília) em todo o mundo. Na 56ª edição de 2022, quando o Los Angeles Rams saiu campeão contra o Cincinnati Bengals, o gasto médio por torcedor no estádio foi de US$ 167,37, recorde neste evento esportivo.

Para o Instituto Siedman do Estado do Arizona, essa média deverá ser mantida ou até superada em 2023 devido à grande chegada de espectadores ao estado para o Super Bowl.

Os anúncios do Super Bowl 2023

Além da disputa final da liga de futebol americano, o evento esportivo reúne dezenas de anúncios que são vistos por milhares de pessoas em todo o mundo, pois além de definirem tendências de consumo, são referências criativas.

Uma pesquisa da Morning Consult do ano anterior observou que os anúncios de TV são “motivadores significativos” para o público do Super Bowl.

E não é à toa. O Super Bowl da NFL tem os comerciais de TV mais caros do mundo e, para a edição deste ano, um anúncio de 30 segundos era vendido a um preço médio de US$ 7 milhões. Um aumento considerável de US$ 5 milhões em 2019, por exemplo.

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Para este ano, empresas de diversos setores já divulgaram alguns ‘teasers’ dos comerciais que serão veiculados no Super Bowl LVII, alguns deles são Budweiser, Booking.com, Doritos, General Motors, Kia, Pepsi, Pringles, Uber, entre outros.

Evento supervalorizado?

Um artigo publicado pela Universidade de Delaware na sexta-feira (10) sugere que o impacto do Super Bowl este ano pode ser menor do que quando o jogo acontece em uma cidade do norte dos Estados Unidos, já que muitas pessoas estão de férias na área de Phoenix nesta época do ano.

“Quando você ouve esses números de US$ 400 milhões a US$ 500 milhões em um Super Bowl, acho muito superestimado (...) Não estou dizendo que é zero, mas os números que o escritório de visitantes dá são muito exagerados”, explicou Tim DeSchriver, professor associado de gestão esportiva na Escola de Negócios e Economia da Universidade de Delaware.

O especialista destaca que outro fator que reduz o benefício econômico do evento esportivo é o valor das despesas incorridas pela cidade-sede.

“Também custa dinheiro à cidade. Eles precisam de força policial adicional, paramédicos, ambulâncias, limpeza de ruas, todo esse tipo de coisa. Isso custa dinheiro aos contribuintes. Então eles têm que justificar isso com a quantia de dinheiro que o evento está trazendo de volta para a comunidade”, acrescentou DeSchriver.

Quem fará o show de intervalo este ano?

Em 2022, quando Snoop Dogg, Dr. Dre, 50 Cent e outros artistas se apresentaram, a Kantar e a NBC notaram que a receita publicitária para esse grupo era de cerca de US$ 32 milhões.

Esse espaço, que pode durar cerca de 15 minutos, é o programa de televisão com maior índice de audiência nos Estados Unidos, segundo dados da pesquisa de mercado Nielsen.

Na edição de 2023 do Super Bowl, o artista country Chris Stapleton ficará encarregado de cantar o hino nacional dos Estados Unidos no início do evento, e a cantora Babyface interpretará “America the Beautiful”.

Como se não bastasse, Rihanna voltará aos palcos, após uma pausa artística, para participar do show de intervalo do Super Bowl. Ainda não foram confirmados os demais artistas que estarão com ela no palco. A última apresentação ao vivo da Rihanna foi na cerimônia do Grammy, em 2018.

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Sebastián Osorio Idárraga

Comunicador social e jornalista. Ex-editor da revista Hogar en Semana. Ex-jornalista econômico da Revista Dinero e da Radio Nacional de Colombia. Podcaster.