Rodadas da semana: startup brasileira de criptos recebe R$ 23,5 milhões

Arthur Mining, criada por brasileiros e com sede nos Estados Unidos, planeja começar a operar no Brasil no primeiro trimestre deste ano

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Bloomberg Línea — A empresa de dados de investimentos Transactional Track Record (TTR) apontou em seu relatório anual de 2022 uma queda da ordem de 61% no investimento de capital de risco na América Latina.

Mas, apesar da queda anual no valor dos investimentos em comparação com o ano anterior, o número de transações cresceu 1,8%, o que significa que mais startups receberam capital na região, principalmente na etapa seed (semente), devido aos valores mais baixos.

A indústria que mais cresceu em 2022 em volume foi a de software, com 3%, dado que os investidores fizeram injeções maiores.

Nesta semana, estas foram as startups nas quais investidores de capital de risco aportaram na América Latina:

Arthur Mining

Criada por brasileiros, a energytech com sede nos Estados Unidos, que planeja começar a operar no Brasil no primeiro trimestre deste ano, recebeu um investimento de R$ 23,5 milhões.

A Arthur Mining, empresa responsável por aumentar o volume de criptomoedas em circulação por meio da mineração como solução, ajuda as empresas de energia a otimizar seus ativos.

O investimento foi levantado entre alguns family offices que apostam em energia e infraestrutura, com um valuation pre-money (antes que o dinheiro dos investidores leve a um aumento de capital) de US$ 100 milhões. Com o investimento, a empresa projeta um crescimento de três vezes na operação americana, além de iniciar no Brasil e atingir um faturamento de US$ 40 milhões em 2023.

Vai

A plataforma colombiana de compartilhamento de caronas para comunidades universitárias, Vai, encerrou sua rodada de pré-seed com US$ 530 mil, alcançando um valuation de US$ 3,2 milhões.

A rodada foi liderada por investidores anjo nacionais e internacionais e foi apoiada por consultores como a Makers Fellowship, a BDO ScaleUp e o Programa de Empreendedorismo (PEMP) da Universidad de los Andes.

Roberto Amaya, COO e cofundador da Vai, disse que o objetivo é alcançar outras cidades do país no curto prazo, com planos de expansão para o México e o Brasil entre 2024 e 2025.

Ruedata

A startup colombiana-mexicana recebeu investimento do fundo internacional Kamay Ventures. O valor da transação não foi divulgado, mas o fundo disse à Bloomberg Línea que seu investimento médio está em torno de US$ 300 mil.

O modelo de negócios da Ruedata consiste em um software de gerenciamento de estoque de pneus para empresas de transporte baseado em tecnologia e análise de dados.

A empresa visa se consolidar no México e no Brasil, melhorar os produtos que oferece e alcançar 100 mil veículos até o final de 2023 em toda a América Latina.

A Ruedata atualmente tem escritórios na Colômbia, no México e no Brasil e clientes na Argentina, no Chile, no Peru, na Bolívia e na República Dominicana.

Essa é a segunda aposta do fundo na vertical IoT (Internet das Coisas), depois de investir na Wiagro, e mais uma do portfólio, que já inclui Auravant, Zippin, Kilimo, Retrypay, Altscore e Aerialoop.

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