Bloomberg — O Goldman Sachs (GS) cortou suas previsões para o preço do petróleo e agora estima que o barril do tipo Brent chegará a US$ 100 apenas em dezembro, ante expectativa anterior de alcançar esse patamar no meio do ano.
O banco ainda está entre os mais otimistas de Wall Street quando se trata de commodities, e acredita que esse mercado entrou em um chamado superciclo.
Mas agora prevê um excedente de oferta de 150 mil barris por dia este ano, depois de reduzir as previsões de demanda para as principais economias e aumentar ligeiramente as estimativas de produção para Rússia e EUA.
“Esse ajuste reflete um abrandamento modesto em nosso balanço para o mercado em 2023″, disseram analistas do Goldman, incluindo Callum Bruce e Jeff Currie, em nota.
Eles estimam que o Brent deve ser negociado a uma média de US$ 92 o barril este ano, menos do que a previsão anterior de US$ 98. O petróleo de referência global caiu quase 2% desde o final de 2022, para US$ 84,30 o barril.
Os juros altos pesam no crescimento econômico e no consumo de energia, e os investidores estão menos preocupado com uma queda drástica nas exportações russas devido às sanções.
O banco sustenta que os preços do petróleo ficarão altos no longo prazo e diz que o preço médio do Brent ficará em US$ 100 no próximo ano.
A recuperação econômica da China – desencadeada pelo fim dos confinamentos por coronavírus – levará os mercados de petróleo a um déficit até junho deste ano e deve expor um “subinvestimento estrutural”, disse o Goldman.
O banco acrescentou que os produtores da Opep provavelmente aumentarão a produção no segundo semestre de 2023 para ajudar a equilibrar a oferta e a demanda.
Esse otimismo contrasta com a visão de bancos como o Citigroup (C), que diz que o mercado está bem abastecido e que os preços provavelmente cairão mais US$ 10 o barril até o final de 2023.
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