Nova York e Vale do Silício lideram queda em preços de escritórios

Novos dados da MSCI Real Assets relativos ao quarto trimestre apontam o primeiro recuo global em 18 áreas metropolitanas desde a saída da crise financeira em 2009

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Bloomberg — Os preços globais de imóveis comerciais caíram no final do ano passado, na primeira queda trimestral desde 2009.

Um índice de propriedades de escritórios, industriais e de varejo caiu 0,5% no quarto trimestre em relação aos três meses anteriores, quebrando uma seqüência de ganhos de 13 anos, disse a MSCI Real Assets em um relatório nesta quinta-feira (9) que analisou 18 áreas metropolitanas na América do Norte, na Ásia, na Austrália e na Europa.

O último período de variação trimestral negativa havia sido no final de 2009, na fase derradeira da crise financeira global, de acordo com o relatório.

Durante todo o ano de 2022, os maiores perdedores foram San Jose, na Califórnia, onde os preços caíram 7,5%, e Manhattan, com queda de 7,2%.

A área de San Jose, lar de gigantes do Vale do Silício, como a Apple (AAPL) e a Alphabet (GOOGL), controladora do Google, teve uma das taxas de utilização de escritórios mais baixas desde o começo da pandemia, mostram dados da Kastle Systems.

Em Manhattan, a taxa de vacância de escritórios aumentou à medida que os inquilinos reavaliaram suas ocupações.

As transações em todo o mundo caíram em meio a um impasse entre os vendedores, que relutavam em reduzir os preços, e os compradores, que ofereciam menos pelas propriedades devido aos custos mais altos dos empréstimos.

O volume de investimentos globalmente caiu 22% no ano passado, liderado por uma queda de 62% no centro de Boston, de acordo com a MSCI Real Assets.

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