Bloomberg Línea — A produção total da Petrobras (PETR3, PETR4) no quarto trimestre de 2022 atingiu 2,64 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), uma queda de 2,1% na comparação anual, informou a estatal em relatório divulgado na noite desta quarta-feira (8). Em relação ao trimestre imediatamente anterior, o resultado se manteve estável.
Foi o último resultado da empresa no governo de Jair Bolsonaro. O balanço financeiro sai no dia 1º de março.
Conforme o documento, o desempenho se deveu, principalmente, à subida de produção (ramp-up) da plataforma (FPSO) Guanabara e ao início de produção da P-71 e de poços novos da Bacia de Campos; esse ganho foi parcialmente afetado pelo maior volume de perdas com manutenções e intervenções, descomissionamento de plataformas de Marlim, desinvestimentos e pela cessão de 5% da participação no contrato de partilha de produção dos volumes do excedente da cessão onerosa do Campo de Búzios para a chinesa CNOOC, em vigor desde o início de dezembro.
No pré-sal, houve um ligeiro aumento da produção no quarto trimestre, para 1,63 milhão de barris por dia (bpd), ante 1,60 milhão de bpd no mesmo período de 2021. Na comparação com o terceiro trimestre de 2022, houve alta de 1,9%.
Derivados
De acordo com a petroleira, as vendas de derivados no quarto trimestre ficaram em linha com o período imediatamente anterior, “refletindo maiores vendas de gasolina e QAV (querosene de aviação) e redução nos demais derivados”.
O aumento de 10,4% das vendas de gasolina sobre o terceiro trimestre “ocorreu em função da sazonalidade do consumo e da maior competitividade do derivado”, informou a estatal. Na comparação anual, porém, houve queda de 3,5%.
No segmento de QAV, o crescimento das vendas se deve à recuperação frente ao impacto da covid-19, informou a Petrobras. “Já a redução das vendas dos demais derivados no quarto trimestre deve-se principalmente à sazonalidade do consumo de diesel e venda de quantidades adicionais de nafta no terceiro trimestre de 2022″.
Os volumes de vendas de diesel caíram 2,7% na comparação anual e 1,9% em relação ao trimestre imediatamente anterior, para 769 mil bpd, devido “à sazonalidade de consumo, mais elevado no terceiro trimestre”, informa a companhia. “Adicionalmente, o desinvestimento da REMAN, concluído em novembro de 2022, também impactou a evolução de vendas entre trimestres”, acrescentou.
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