Juros, privatização da Eletrobras e mais 3 assuntos do Brasil e do mundo

Confira os principais temas que vão ditar o sentimento dos mercados nesta quarta-feira (8)

Lula criticou privatização da companhia
08 de Fevereiro, 2023 | 08:29 AM

Bloomberg Línea — Os investidores globais seguem digerindo nesta quarta-feira (8) as falas de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), e monitorando os efeitos da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) no Brasil.

Por aqui, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a ata do Copom foi mais “amigável” com o governo, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a privatização da Eletrobras (ELET3; ELET6).

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Na cena corporativa, são divulgados hoje os resultados da Disney (DIS) e da Klabin (KLBN3).

Além disso, a Petrobras (PETR3; PETR4) divulga hoje, após o fechamento do mercado, o relatório de produção de vendas do quarto trimestre.

Confira as notícias que devem movimentar os mercados nesta quarta-feira (8):

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1. Haddad vê ata mais ‘amigável’

O ministro da Fazenda afirmou na terça-feira (7) que a ata do Copom foi “mais amigável” com o governo e que veio “melhor do que o comunicado” divulgado após a decisão de juros na semana passada.

“Hoje veio a ata do Copom. A ata veio melhor do que o comunicado, mais extensa, mais analítica, colocando pontos sobre o trabalho do Ministério da Fazenda. É uma ata mais amigável em relação aos próximos passos que precisam ser tomados”, disse o ministro, segundo a Agência Brasil.

2. Lula critica privatização da Eletrobras

O presidente Lula afirmou ontem (7) que deverá contestar na Justiça os termos da operação que abriu caminho para a venda do controle da Eletrobras.

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“Foi feito quase que uma bandidagem para que o governo não volte a adquirir maioria na Eletrobras. Nós, inclusive, possivelmente o advogado-geral da União, vai entrar na Justiça para que a gente possa rever esse contrato leonino contra o governo”, disse Lula a jornalistas em Brasília, segundo a Globo.com.

A Eletrobras foi privatizada em junho do ano passado por meio da diluição do controle, reduzindo a participação do governo de 68,6% para 42,61%, contando as fatias da União, do BNDES e de fundos. O modelo adotado foi o de corporation, em que a companhia não tem um controlador.

3. Mercados

As ações avançavam nesta manhã na Europa, com os mercados repercutindo balanços corporativos positivos na Europa e otimismo sobre as perspectivas das taxas. Os futuros de ações dos Estados Unidos, contudo, recuavam após um rali tardio de Wall Street.

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O índice Stoxx Europe 600 subiu, com a empresa de petróleo e gás Equinor ASA e o credor ABN Amro NV entre os que relataram uma queda nos lucros.

Um índice de referência das ações asiáticas subiu, com ganhos na Austrália e na Coreia do Sul compensando o baixo desempenho das ações chinesas.

4. Manchetes do dia

Estadão: Senado propõe controlar inteligência artificial, como ChatGPT, e limitar uso de reconhecimento facial

Folha de S. Paulo: Presidente do BC recebeu gelo, mas governo Lula avaliou que disputa teria custo alto

O Globo: Malu Gaspar: guerra de narrativas movimenta bastidores da disputa entre governo Lula e Banco Central

Valor Econômico: Arrecadação no país muda e IR ultrapassa receita com ICMS pela primeira vez

5. Agenda

Em um dia de agenda mais esvaziada, Williams, membro do Fomc, dos EUA, discursa às 11h15, no horário de Brasília.

Por lá também acontece às 12h30 a divulgação dos estoques de petróleo bruto e em cushing. Às 14h é divulgado o relatório WASDE e às 15h01 acontece o leilão americano note a 10 anos.

Para fechar a quarta, acontece o discurso de Waller, do Fed, às 15h45.

-- Com informações da Bloomberg News

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Tamires Vitorio

Jornalista formada pela FAPCOM, com experiência em mercados, economia, negócios e tecnologia. Foi repórter da EXAME e CNN e editora no Money Times.