Bloomberg — Uma delegação de autoridades sul-coreanas viajou para a Sérvia na semana passada em busca de ajuda para encontrar o polêmico cofundador da blockchain Terra (LUNA) e atual fugitivo Do Kwon.
O escritório do promotor em Seul disse nesta terça-feira (7) que relatos de que um membro de sua equipe visitou a nação dos Bálcãs junto com um funcionário do Ministério da Justiça “não são falsos”.
Em dezembro, a Sérvia emergiu como um possível local para Kwon, o empresário de 31 anos que enfrenta acusações em sua terra natal, a Coreia do Sul, pela destruição de US$ 60 bilhões em ativos digitais criados por ele.
Kwon desenvolveu a stablecoin TerraUSD (USTC), que deveria ter um valor constante de US$ 1 por meio de uma mistura de algoritmos e incentivos comerciais envolvendo um token irmão, o Luna.
O império cripto de Kwon explodiu em maio de 2022, exacerbando uma derrocada de US$ 2 trilhões no mercado de criptomoedas e contribuindo para a queda de uma série de plataformas de ativos digitais.
A localização de Kwon tornou-se incerta depois que as autoridades emitiram um mandado de prisão contra ele em setembro do ano passado por acusações que incluíam violações da lei do mercado de capitais. A Coreia do Sul retirou seu passaporte e disse que Kwon está sob alerta vermelho da Interpol.
Ele ressurgiu no Twitter alguns dias atrás, após uma ausência de semanas que gerou especulações sobre seu paradeiro. Kwon twittou que “não roubou dinheiro e nunca teve ‘saques secretos’”. Ele já havia negado qualquer irregularidade.
Na terça-feira, a promotoria e o Ministério da Justiça se recusaram a comentar a localização exata de Kwon.
No ano passado, autoridades indicaram que Kwon voou para Dubai provavelmente como uma escala para destinos desconhecidos depois de sair de Cingapura, onde seu projeto Terraform Labs era baseado.
-- Com a colaboração de Shinhye Kang.
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