Bloomberg — Os fundos de Cathie Wood tiveram um começo de ano espetacular, e ela quer deixar isso bem claro.
A fundadora e CEO da ARK Investment Management — que popularizou os investimentos em tecnologia com seus fundos negociados em bolsa — disse que seu principal ETF agora oferece melhor exposição à inovação de longo prazo do que a maioria dos índices consagrados.
“Somos o novo Nasdaq”, disse Wood em entrevista a Carol Massar e Tim Stenovec na Bloomberg Television.
Wood é conhecida por suas previsões ousadas. Ela reiterou sua estimativa de que a cotação do bitcoin chegará a US$ 1 milhão na próxima década. Atualmente, a moeda digital vale cerca de US$ 23.500.
Mas como o desempenho histórico de Wood se compara ao Nasdaq? Depende do período.
Enquanto o ARK Innovation ETF já saltou 42% este ano — mais do que o dobro do Nasdaq 100 — o fundo ainda está 72% abaixo de seu pico de dois anos atrás, perdendo para o índice de referência em cerca de dez vezes. O fundo registrou um ganho de apenas 12% em cinco anos, contra 89% do índice.
As principais ações do Nasdaq 100 incluem gigantes de tecnologia que dominaram o mercado na última década: Microsoft (MSFT), Apple (AAPL) e Amazon (AMZN). O destaque do ARK Innovation — a Tesla (TSLA) — também é uma das grandes ações do Nasdaq, enquanto as outras posições do fundo estão concentradas em empresas menores e mais novas, como Zoom e a fabricante de testes de câncer Exact Sciences.
Wood disse que, embora 2022 tenha sido um ano “horrível” para os retornos de seu fundo, em meio ao rápido aumento de juros, os investidores venderam suas posições em índices como o Nasdaq e migraram para o ARK Innovation. O ETF teve fluxos positivos de cerca de US$ 1,3 bilhão no ano passado, apesar da queda de 67%, seu pior desempenho anual já registrado.
“A inovação foi uma das maiores vítimas do enorme aumento de juros que vimos no ano passado”, disse Wood. “Sentíamos isso toda vez que o presidente Powell falava”, disse ela, em alusão ao chefe do banco central americano.
Veja mais em bloomberg.com
Leia também
Petrobras: nomeação de diretoria por Prates traz mais perguntas que respostas
