Bloomberg — A Apple (AAPL) relatou um declínio de vendas mais acentuado em seu período de férias do que Wall Street temia, mostrando o preço de uma desaceleração econômica e de problemas persistentes na oferta, em recado para investidores de ações de tecnologia e em geral.
A receita no primeiro trimestre fiscal totalizou US$ 117,2 bilhões, informou a empresa em comunicado na quinta-feira (2) depois do fechamento do mercado. As projeções de Wall Street apontavam para cerca de US$ 121,1 bilhões. As ações caíam perto de 3,5% às 18h50 (horário de Brasília) no after hours, depois de um ganho de 3,71% na sessão regular.
A queda foi da ordem de 5% na comparação anual, o maior tombo desde 2016 nessa comparação e o primeiro desde 2019.
Os resultados mostram que a Apple, comandada pelo CEO Tim Cook, não conseguiu evitar a desaceleração que aflige muitos de seus concorrentes. A demanda por smartphones e computadores caiu no ano passado, e as restrições para conter o avanço de covid-19 na China aumentaram os problemas da Apple durante o período de vendas de fim de ano.
Cook apontou três razões para os números considerados decepcionantes por analistas: ambiente macroeconômico (leia-se desaceleração), problemas na produção na China dos modelos iPhone 14 Pro e Pro Max e dólar mais forte, que afeta as receitas quando convertidas das moedas locais em diferentes mercados.
O tempo foi outro problema: a empresa não lançou novos Macs e HomePods até poucas semanas atrás, o que significou perder o final do primeiro trimestre fiscal.
O lucro foi de US$ 1,88 por ação, em comparação com uma estimativa média de US$ 1,94 por ação. A gigante da tecnologia com sede em Cupertino, Califórnia, não forneceu uma perspectiva de receita para o segundo trimestre, continuando uma abordagem adotada no início da pandemia de covid em 2020.
- Em atualização.
- Com informações da Bloomberg Línea.
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