Bloomberg — O minério de ferro recuou um pouco mais de sua máxima de sete meses, mesmo depois que a Vale (VALE3) divulgou produção menor do que o esperado e sinalizou um possível déficit de oferta com a reabertura da China.
A matéria-prima siderúrgica chegou a ser negociada acima de US$ 128 a tonelada depois do relatório da gigante da mineração, mas o rali perdeu fôlego e os futuros em Singapura caíam cerca de 1% nesta quarta-feira (1), abaixo de US$ 126.
O boom das commodities impulsionado pelo otimismo em relação à China mostra sinais de enfraquecimento. Embora hajam poucas dúvidas de que a economia chinesa vá se recuperar, restam dúvidas sobre ritmo e timing da expansão.
A China retomou a atividade pós-Ano Novo Lunar esta semana e busca maneiras de fortalecer a economia, o que pode impulsionar a demanda.
A Vale produziu 80,9 milhões de toneladas de minério de ferro no último trimestre de 2022, abaixo da estimativa média de analistas de 82,6 milhões de toneladas. A empresa sediada no Rio de Janeiro ainda luta para retornar aos níveis alcançados antes do rompimento de uma barragem em 2019.
No início deste ano, fortes chuvas no Brasil interromperam serviços ao longo de uma importante ferrovia usada para transportar minério de ferro. Outros obstáculos à exportação podem piorar a pressão sobre os volumes da Vale.
Os futuros de minério de ferro chegaram a ser negociados a US$ 130,55 a tonelada na segunda-feira (30) – a cotação mais alta desde junho do ano passado. Antes dos sinais de reabertura na China, no início de novembro, o preço afundou para menos de US$ 80.
-- Com a colaboração de Andrew Janes.
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