Minério de ferro: rali perde fôlego mesmo após produção fraca da Vale

O boom das commodities impulsionado pelo otimismo em relação à reabertura da China mostra sinais de enfraquecimento

Vale SA's Brucutu mine in Barao de Cocais, Brazil, on Thursday, May 9, 2013
Por Liz Ng
01 de Fevereiro, 2023 | 09:57 AM

Bloomberg — O minério de ferro recuou um pouco mais de sua máxima de sete meses, mesmo depois que a Vale (VALE3) divulgou produção menor do que o esperado e sinalizou um possível déficit de oferta com a reabertura da China.

A matéria-prima siderúrgica chegou a ser negociada acima de US$ 128 a tonelada depois do relatório da gigante da mineração, mas o rali perdeu fôlego e os futuros em Singapura caíam cerca de 1% nesta quarta-feira (1), abaixo de US$ 126.

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O boom das commodities impulsionado pelo otimismo em relação à China mostra sinais de enfraquecimento. Embora hajam poucas dúvidas de que a economia chinesa vá se recuperar, restam dúvidas sobre ritmo e timing da expansão.

A China retomou a atividade pós-Ano Novo Lunar esta semana e busca maneiras de fortalecer a economia, o que pode impulsionar a demanda.

A Vale produziu 80,9 milhões de toneladas de minério de ferro no último trimestre de 2022, abaixo da estimativa média de analistas de 82,6 milhões de toneladas. A empresa sediada no Rio de Janeiro ainda luta para retornar aos níveis alcançados antes do rompimento de uma barragem em 2019.

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No início deste ano, fortes chuvas no Brasil interromperam serviços ao longo de uma importante ferrovia usada para transportar minério de ferro. Outros obstáculos à exportação podem piorar a pressão sobre os volumes da Vale.

Os futuros de minério de ferro chegaram a ser negociados a US$ 130,55 a tonelada na segunda-feira (30) – a cotação mais alta desde junho do ano passado. Antes dos sinais de reabertura na China, no início de novembro, o preço afundou para menos de US$ 80.

-- Com a colaboração de Andrew Janes.

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