Mercosul e UE devem chegar a acordo em breve, diz presidente da Argentina

Em encontro com o chanceler alemão, Olaf Scholz, Alberto Fernández diz que o bloco está ansioso para finalizar o acordo comercial com a União Europeia

Otimismo sobre a aprovação do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia
Por Oscar Medina
29 de Janeiro, 2023 | 10:43 AM

Bloomberg — O grupo de países do Mercosul e a União Europeia devem chegar a um acordo comercial em breve, disse o presidente da Argentina, Alberto Fernandez, no sábado (28), em Buenos Aires, durante a visita do chanceler alemão Olaf Scholz à nação sul-americana.

O bloco comercial, que também é formado por Brasil, Paraguai e Uruguai, está ansioso para finalizar o acordo comercial que está em negociação há décadas, disse Fernandez, acrescentando que conversou com seu colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre o assunto. Scholz ecoou a expectativa, dizendo que temas específicos que ainda precisam ser discutidos devem ser resolvidos em um futuro próximo.

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Isso inclui a necessidade de discutir as assimetrias entre as economias europeia e do Mercosul, como a indústria automobilística, bem como as políticas argentinas que buscam promover a produção local, disse Fernandez. Ao mesmo tempo, a Europa tem políticas protecionistas que dificultam a venda de produtos agrícolas ou lácteos.

“O importante é que não demore tantos anos” de negociação, disse Scholz. A Alemanha é o maior parceiro comercial da Argentina na União Europeia.

A Argentina destacou o depósito de xisto de Vaca Muerta e seu potencial de gás natural, bem como o desenvolvimento de lítio e hidrogênio verde. Os dirigentes também discutiram a possibilidade da Argentina fornecer gás natural liquefeito para a Europa e outras regiões.

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“Temos a segunda maior reserva de gás não convencional do mundo em um momento em que o mundo precisa de gás como energia de transição”, disse Fernandez. “A Argentina quer se tornar um fornecedor seguro de gás e energia.”

Ambos os países concordam com a necessidade de enfrentar a crise climática e promover políticas para proteger a floresta amazônica, juntamente com o Brasil, disse Fernandez.

A Argentina não enviará armas para a Ucrânia para ajudar na guerra contra a Rússia, disse Fernandez, acrescentando que Moscou deveria cessar as hostilidades.

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