Bloomberg — O grupo do homem mais rico da Ásia, Gautam Adani, publicou um documento de 413 páginas refutando as alegações de fraude da Hindenburg Research, um “short-seller” que fez as empresas de Adani perderem bilhões de dólares em valorização após a acusação na semana passada. No documento, o grupo busca acalmar potenciais investidores antes que o carro-chefe do bilionário indiano conclua uma venda de ações de US$ 2,5 bilhões.
Cerca de 65 das 88 perguntas foram abordadas na resposta pública de Adani e a conduta do short-seller americano “é nada menos que uma fraude de valores mobiliários calculada sob a lei aplicável”, disse o Adani Group em um comunicado neste domingo (29).
Ele reiterou que “exercerá nossos direitos de buscar remédios para proteger nossas partes interessadas perante todas as autoridades apropriadas”.
A longa resposta é divulgada em meio à última etapa de um follow-on (oferta secundária de ações) da Adani Enterprises, que recebeu 1% das subscrições na sexta-feira (27).
Embora os investidores em ofertas públicas indianas normalmente esperem até o último dia da venda para fazer lances, havia preocupações de que o ataque da Hindenburg ao homem mais rico do país azedasse o sentimento.
“Este não é apenas um ataque injustificado a qualquer empresa específica, mas um ataque calculado à Índia, à independência, integridade e qualidade das instituições indianas e à história de crescimento e ambição da Índia”, disse Adani em sua resposta.
A Hindenburg publicou um relatório de 100 páginas na véspera da abertura da venda de ações da Adani, alegando que sua investigação de dois anos encontrou “manipulação descarada de ações e fraude contábil”. Também destacou a “dívida substancial” do conglomerado.
A empresa, que disse ter assumido uma posição vendida nas empresas de Adani por meio de títulos negociados nos Estados Unidos e derivativos não negociados na Índia, se recusou a compartilhar detalhes da negociação quando contatada pela Bloomberg News.
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