Tchau, frete grátis: Amazon vai cobrar taxa para compras de supermercado nos EUA

Pedidos de valor abaixo de US$ 150 passarão a ter taxas de entrega nos Estados Unidos; varejista online busca cortar custos e se ajustar a crescimento mais lento

A Amazon e a Whole Foods juntas respondem por cerca de 4% do mercado de alimentos dos EUA
Por Matt Day
28 de Janeiro, 2023 | 03:55 PM

Bloomberg — A Amazon (AMZN) começará a cobrar taxas dos consumidores online nos Estados Unidos por pedidos de supermercado de menos de US$ 150, ressaltando o desafio econômico de levar comida até a porta dos compradores.

As novas taxas, que entram em vigor em 28 de fevereiro, coincidem com os esforços da varejista online para cortar custos e se ajustar ao crescimento mais lento do e-commerce. As cobranças pelo serviço de entrega de supermercado Amazon Fresh nos EUA serão de US$ 9,95 para pedidos de menos de US$ 50, US$ 6,95 para pedidos entre US$ 50 e US$ 100 e US$ 3,95 para pedidos de US$ 100 a US$ 150, disse a empresa com sede em Seattle em um e-mail para compradores a que a Bloomberg teve acesso.

A Amazon oferecia entrega gratuita de supermercado para pedidos de mais de US$ 35 para assinantes do programa Prime, que custa US$ 139 por ano, em alguns locais. Os membros do Prime ainda podem ter frete grátis se suas compras custarem mais de US$ 150. Em 2021, a Amazon já havia encerrado uma oferta de entrega gratuita para compradores do Whole Foods Market, acrescentando uma taxa de serviço de US$ 9,95.

“Estamos introduzindo uma taxa de serviço em alguns pedidos de entrega do Amazon Fresh para ajudar a manter os preços baixos em nossos supermercados online e físicos, pois cobrimos melhor os custos de entrega de supermercado e continuamos a oferecer uma experiência de entrega consistente, rápida e de alta qualidade”, disse Lara Hendrickson, porta-voz da Amazon, em um comunicado por e-mail. “Continuaremos a oferecer janelas de entrega convenientes de duas horas para todos os pedidos, e os clientes em algumas áreas poderão selecionar uma janela de entrega mais longa por uma taxa reduzida.”

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Fazer compras de alimentos frescos são a principal razão dos deslocamentos das famílias americanas quando saem para consumir. A Amazon vem trabalhando há muito tempo para entrar nesse mercado, seguindo os passos do rival Walmart, que se tornou o maior varejista dos Estados Unidos em parte ao adicionar alimentos frescos a seus hipermercados.

A Amazon começou a vender alimentos frescos online em 2007. Uma década depois, a varejista comprou a rede Whole Foods para impulsionar seus esforços. A Amazon aderiu à entrega em domicílio das prateleiras da Whole Foods, mas a estratégia apresentou resultados mistos até o momento. A empresa também opera a linha da marca Amazon Fresh, abrindo dezenas de lojas nos Estados Unidos.

A Amazon e a Whole Foods juntas respondem por cerca de 4% do mercado de alimentos dos EUA, disseram analistas do UBS em uma nota de pesquisa esta semana, tornando a empresa a quinta maior varejista de alimentos nos EUA, atrás de Walmart, Kroger, Costco e Albertsons. O Walmart responde por 22% do mercado, estimam os analistas do UBS.

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