Bloomberg Línea — O índice de preços preferido do Federal Reserve, o PCE (Índice de Preços com Gastos com Consumo Pessoal, em tradução livre), teve queda de 0,2% em dezembro, informou o Departamento de Comércio dos Estados Unidos nesta sexta-feira (27).
Minutos após a divulgação, os índices futuros do S&P 500 e do Nasdaq amenizaram as perdas, recuando 0,22% e 0,36%, respectivamente, por volta das 10h45 (horário de Brasília).
O número mostra o desempenho mais fraco em mais de um ano e queda nos gastos dos consumidores, reafirmando expectativas de que o banco central americano pode reduzir o ritmo de aumento das taxas de juros.
O dado veio em linha com o esperado por economistas consultados pela Bloomberg News, que estimavam queda de 0,2% no mês.
O núcleo do índice de preços de gastos com consumo (em tradução livre), que exclui alimentos e energia, subiu 4,4% em dezembro em relação ao ano anterior. O indicador geral subiu 5% ano sobre ano, ainda bem acima da meta de 2% do Fed. Ambos os ritmos, contudo, foram os mais lentos desde o final de 2021.
Em relação ao mês anterior, o indicador do núcleo – que o presidente do Fed, Jerome Powell, enfatizou ser uma medida mais precisa de para onde a inflação está indo – subiu 0,3%. O índice geral de preços do PCE aumentou 0,1%. Ambos foram impulsionados inteiramente por serviços, já que a desinflação de bens continuou.
Os gastos pessoais, ajustados pela variação de preços, caíram 0,3% em dezembro. Os gastos com mercadorias ajustados pela inflação caíram 0,9%, enquanto os gastos com serviços estagnaram – o primeiro mês sem alta desde janeiro de 2022.
O indicador é acompanhado de perto pelo mercado financeiro em busca de sinais sobre os próximos passos do banco central em seu ciclo de aperto monetário. O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) se reúne na próxima semana e a expectativa de economistas é de aumento das taxas em 0,25 ponto percentual, com discussão de até onde as taxas precisam subir para amenizar os preços.
Os dados de inflação vêm após uma forte leitura do PIB dos EUA no quarto trimestre de 2022, levantando questões sobre as perspectivas de um pivô do Fed.
-- Com informações da Bloomberg News
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